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A observação da brincadeira espontânea da criança como instrumento de avaliação psicopedagógica 04/07/2013

A observação da brincadeira espontânea da criança como instrumento de avaliação psicopedagógica 04/07/2013

04/07/2013

Os profissionais da área da Psicopedagogia já estão carecas de saber que para avaliar uma criança é imprescindível a utilização de uma bateria de provas “piagetianas”. Essas provas, também conhecidas como operatórias, têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de pensamento alcançado pela criança, ou seja, o nível de estrutura cognoscitiva com que opera. Há também as provas projetivas, cuja aplicação tem como objetivo investigar os vínculos que o sujeito pode estabelecer em três grandes domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo, além de testes psicomotores e etc.

Mas há outras formas de avaliação, geralmente utilizadas para crianças de zero a seis anos. Uma delas se baseia num referencial epistemológico piagetiano e psicanalítico para a observação da manifestação espontânea da criança. Os procedimentos de intervenção passam a ser definidos em consequência dessa observação, especialmente da brincadeira, o que vai demandar conhecimentos teóricos da epistemologia genética, psicanálise, neuropsicologia, psicolinguística.

Brincadeiras, brinquedos e jogos sempre estiveram presentes no cotidiano da vida infantil. As crianças ensinam que, uma das maiores qualidades do brinquedo é a sua não seriedade, pois é por meio dele que sua imaginação, fantasia, desejo e emoção fluem livremente. Através do brincar, valores, crenças, normas, leis, regras, hábitos, costumes, historia, princípios éticos, conhecimentos são construídos, transmitidos e assimilados pela criança.

Através da brincadeira, a criança mostra, de que forma está construindo sua história e como está organizando seu mundo. Além disso, a brincadeira é reveladora da organização psíquica da criança. Ao observá-la e ver seu significado além do aparente, é provável contribuir para um desenvolvimento mais satisfatório.

Além disso, Os jogos e brincadeiras realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em atividade lúdica prazerosa e com questionamentos do psicopedagogo, respeitando as etapas de desenvolvimento intelectual da criança.

Referência

Bossa, N Introdução: Avaliação da criança de zero a seis anos: abordagem da prática inOliveira,V e Bossa, N AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA CRIANÇA DE ZERO A SEIS ANOS. Petrópolis, Vozes, 2001.