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Agenciamento de cadáveres é uma realidade em Campo Largo, afirma vereador

Corrupção, crime, vergonha. Com estas três palavras o vereador campo-larguense Clairton Alemão definiu a situação funerária de Campo Largo. Ele passou os últimos meses efetuando um minucioso est

Agenciamento de cadáveres é uma realidade em Campo Largo, afirma vereador

Corrupção, crime, vergonha. Com estas três palavras o vereador campo-larguense Clairton Alemão definiu a situação funerária de Campo Largo. Ele passou os últimos meses efetuando um minucioso estudo sobre o problema, inclusive com incursões pela madrugada, em hospitais, funerárias, capelas mortuárias, funerais em vários pontos da cidade e garante: “há agenciamento de cadáveres em Campo Largo”.

“Só para se ter uma ideia – disse Alemão – em Campo Largo morreram 307 pessoas em abril. Desse total somente 84 corpos foram sepultados através das funerárias credenciadas do Município. Os outros 223 foram sepultados por funerárias de outros municípios, que vêm aqui e levam os corpos para sepultamento fora, não pagam imposto e prestam serviço sem nenhum controle de qualidade e confiabilidade”, disse ele.

“As funerárias credenciadas do Município têm tabela de preços fixos, recolhem impostos na cidade e podem ser fiscalizadas. Do jeito que está, muitas delas vão fechar e aí vai virar o caos”, explicou o vereador, que encaminhou cópia do seu trabalho ao prefeito Marcelo Puppi e à Promotoria de Justiça da cidade, pedindo providências.

O vereador disse que sabe que existem agenciadores de cadáveres, que ganham em média R$ 300,00 por cada indicação para sepultamentos, para funerárias de fora da cidade. “Não temos provas documentais, porque eles não deixam pistas, mas esse é o preço de uma informação segura, para uma funerária de fora, sobre a existência de um corpo para ser sepultado em outro Município”, explicou ele.

O vereador lembrou que o meio é muito hostil, que teve que enfrentar várias situações de muita tensão, durante suas investigações, mas defende uma ação urgente, da Prefeitura Municipal, da Polícia e do Ministério Público, para acabar com o que classifica como uma “guerra”, que envolve mortos e seus familiares, em Campo Largo.