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Crise internacional causa reflexo

26-03-2010

O CIME - não vai deixar de coletar e separar o lixo reciclável da cidade, apesar do prejuízo do último mês, o total arrecadado não foi suficiente para pagar os salários dos funcion&aacu

Crise internacional causa reflexo

26-03-2010

O CIME - Centro de Integração do Menor, não vai deixar de coletar e separar o lixo reciclável da cidade, apesar do prejuízo do último mês, quando o total arrecadado não foi suficiente para pagar os salários dos funcionários. Para cobrir os custos são necessárias 30 toneladas/mês de materiais recicláveis, mas foram coletadas apenas 23. Se a situação continuar assim, talvez seja necessário reduzir a folha de pagamento, mas a atividade não sofrerá solução de continuidade.

O problema vem se arrastando desde o ano passado, quando a crise econômica internacional causou a queda dos preços, quase pela metade, do papel, do plástico e do alumínio, coletados para reciclagem. Além disso, o volume arrecado todos os dias, caiu drasticamente, também como reflexo da crise, uma vez que a população passou a consumir menos. O resultado foi o empate entre arrecadação e custos, durante alguns meses, até que a arrecadação ficou menor.

"Não vamos parar"
Shirlei Terezinha Soek, presidente do CIME, explicou que a coleta e separação do lixo reciclável da cidade, sempre foi uma atividade que ajudou o CIME a realizar a sua obra. "O material reciclável tem três objetivos: Arrecadar recursos para manutenção do CIME, gerar empregos e contribuir para a redução da poluição ambiental. Um desses três objetivos não está sendo atingido, que é a geração de renda", explicou ela.

O CIME tem oito funcionários, registrados em carteira, que trabalham na separação dos materiais recicláveis. Os demais, nesta atividade, são cedidos pela Prefeitura Municipal. Tanto o material reciclável arrecadado diretamente pelo caminhão do CIME, quanto o do Reciclão, vão para o barracão do CIME, onde é separado em esteira, compactado e embalado, para entrega nas indústrias de reciclagem.

O CIME beneficia hoje 180 crianças carentes, a maioria da região do Águas Claras, em contra-turno escolar. Lá as crianças recebem reforço na educação, conhecem ofícios e ganham alimentação, café, almoço e lanche da tarde. A entidade, criada em 1989, é uma das mais importantes ONGs da cidade e, por isso, recebe apoio da Prefeitura Municipal.

Para vencer o momento difícil, na coleta de materiais recicláveis, a Diretoria do CIME pretende lançar, junto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, uma nova campanha para incentivar a população a separar o lixo e a entregar o material reciclável para o CIME. Também está sendo estudada uma mudança de rota, para melhorar a coleta. "Uma coisa é certa, nós não vamos parar", disse a presidente.