Dos três Cmeis que deveriam estar prontos, apenas o do Ouro Verde deve ser concluído este ano. Desde 2013, pouco evoluiu
O recurso para Educação ainda é aquém do esperado para manter instituições de ensino com estruturas adequadas, oferecendo o melhor aos alunos, como também número de Centros Municipais de Educação Infantil – Cmeis para atender a demanda – hoje são 14 mil alunos do Ensino Infantil a 5º ano.
Segundo a secretária municipal de Educação, Dorotéa Stocco, o município responde desde 2016 a 37 inquéritos civis, nos quais o Ministério Público pede providências para melhorias nas escolas. Estão atendendo a lei e hoje todas as crianças com mais de 04 anos são atendidas. Ao todo são 54 entidades educacionais no município.
Questionada sobre algumas situações, ela afirmou que estão tentando fazer o possível mesmo com poucos recursos e que reparos imediatos foram realizados na maioria das instituições. Outros investimentos estão sendo realizados estudos técnicos para execução a partir do ano que vem. Para isso contam também com a parceria com as Associações de Pais e Mestres das escolas, as quais visam o bem-estar do aluno e estão colaborando.
Quanto à alimentação escolar, o Município tem nutricionista que cuida do cardápio, com cinco alimentações diárias nos Cmeis, com produtos de qualidade e preocupados com valor nutricional, o que é muito bem controlado.
Cmeis
A lista de espera de crianças de até 03 anos e 11 meses para serem matriculadas no Cmeis passa de 800 na Secretaria de Educação. Desde 2013 a Folha vem publicando matérias falando do problema na construção dos Cmeis no Ouro Verde, Meliane e Rivabem e até então pouco evoluiu, sendo que o objetivo era construir seis centros.
Destas, apenas a do Ouro Verde está prevista para ser entregue este ano, com capacidade para 120 crianças, considerando os dois turnos. No Meliane e Rivabem, a empresa abandonou as obras ainda no início e agora a Prefeitura está dando andamento aos trâmites legais para solucionar, ou para que a empresa continue ou que seja contratada uma nova. Para tentar manter esta previsão de novas creches, estão sendo estudadas algumas casas do Município que pudessem ser alugadas para abrigar estes centros. Hoje, a Odila Portugal, Mariinha e Colibri já são em espaços locados. “Todos os municípios encontram estas dificuldades”, comenta a secretária.
No CMEI Rudolf Göeringher, que tem sido alvo constante de vândalos, recentemente foi instalado um sistema de alarme e estão providenciando uma nova porta, mas acaba sendo mais lento, “porque tudo precisa passar por um processo”, segundo explica a secretária.
Estão buscando reestruturar a Educação Infantil para atender o máximo de crianças possível, pois como comenta Dorotéa, além da demanda já existente, muitas pessoas estão chegando na cidade.
Escolas
Algumas escolas precisam ser atendidas com prioridade devido à falta de estrutura, como é o caso da Escola Policarpo Miranda, em que não há refeitório e as crianças chegam a comer sentadas no chão. Como acontece em algumas escolas, a João Santana não tem cobertura na quadra esportiva, o que acaba limitando as atividades.
Foi determinação do Corpo de Bombeiro a instalação de telas corta-chamas nas instituições, que foram custeadas pelas escolas com recurso das APMFs, que segundo a secretária, esta ajuda é essencial para que consigam atender às demandas.
Ela informa que assim que o Estado terminar o Colégio Casemiro Karman conseguirão disponibilizar mais vagas para Educação Infantil na XV de Outubro. Na Escola Sete de Setembro está sendo concluída obras que foram iniciadas no ano passado, de ampliação e algumas melhorias. Na Escola Harns Ernst Schmidt as melhorias estão em fase de assinatura de contrato.
Profissionais
Dorotéa lamenta que vem pela frente um problema sério de falta de profissionais para atuarem na área de Educação, pois poucos professores estão se formando. Neste ano, foram apenas 28 professores do Nível Médio que se formaram no curso do Anchieta. Em Três Córregos, por exemplo, estão com falta de professor e estão chamando de concurso público, mas ainda não se sabe se vai ter profissional que queira assumir naquela região.
Atualmente estão chamando do concurso 16 profissionais para atender uma demanda imediata, pois muitos pediram aposentadoria. Hoje são 1.200 professores na rede municipal e mais 400 profissionais da Educação (como atendente, serviços gerais, educador), o que já corresponde a 51% dos profissionais que trabalham na Prefeitura. Por isso, agora só podem contratar um professor quando há aposentadoria ou falecimento.