16-10-2009

A escola é recente, foi fundada em 25 de janeiro de 2008, mas com pouco menos de dois anos de existência realiza diversas atividades de integração entre aluno e sociedade, e até mesmo com o mercado de trabalho.     Atualmente são atendidos 34 moradores de Balsa Nova e região com idades entre dois a 50 anos, sendo que todos apresentam uma deficiência intelectual ou múltiplas deficiências (associadas a uma única pessoa).
     A Escola Especial Professora Etelvina Vieira Ferreira, homenagem a uma professora símbolo do município, tem 24 profissionais, os quais diariamente buscam tornar o objetivo de alfabetizar os alunos e incluí-los no mercado de trabalho, uma realidade. Até o momento um aluno está empregado e isso é um estimulo ainda maior para os professores. Além do ensino os alunos recebem refeições na escola e auxílio no transporte.
     Os alunos acima de 16 anos participam de oficinas pedagógicas com ênfase para a área artística como a restauração de móveis, a fabricação de artesanato com palha, grampos decorados, cofres de madeira, entre outros. Para realizar essas atividades de grande interesse do alunos, a escola mantém uma parceria com a Corn Products Brasil, a mesma sede a professora de Artes, Ariane Bianco e o material.  Em pequenos grupos, uma vez por semana os alunos também vão ao horto municipal, aprender a plantar e cultivar uma horta.   
     Os trabalhos de bijuteria recebem maior atenção por parte das mulheres, as mesmas já fizeram fuxico, bolsas, almofadas, tapetes, bonecas de lã e pesos de porta. No futuro a direção da escola pretende montar uma feirinha de artesanato aberta a população, e o dinheiro arrecadado seja repassado aos alunos.
     Sete alunos permanecem na escola em período integral, e pela manhã cursam disciplinas curriculares na própria escola através da Educação para Jovens e Adultos (EJA), já as oficinas funcionam em contra-turno escolar, de 2ª a 6ª feira. Pela manhã também há uma turma com jovens que apresentam transtornos, onde são passadas atividades de vida diária, “em todas as turmas mostramos o que eles são capazes e acreditamos no potencial de cada um“, declara a pedagoga da escola, Claudiane do Rocio Kupka Pianaro.
     A pedagoga explica que os alunos são encaminhados a escola por um neurologista, pois fazem diagnóstico apurado do paciente e indicam a melhor forma de tratamento. Mas a pedagoga comenta que desde a fundação da escola os pais também estão indo até a instituição. A maioria dos alunos que atualmente estudam na Escola Professora Etelvina já frequentavam a Erce em Campo Largo.
Atendimento a bebês
     Os bebês com idade há partir dois anos recebem um atendimento individualizado e em dias alternados da semana com exercícios de Estimulação Precoce, que engloba todos os sentidos do corpo, principalmente nos níveis emocional, fala, motor e cognitivo. A música faz parte dos trabalhos desenvolvidos pelos professores e soa muito bem aos ouvidos das crianças.
     O diretor da escola, Jhony Alex Poletto conta que o desenvolvimento de algumas crianças é surpreendente e o atendimento é feito individualmente, pois cada criança apresenta uma dificuldade. “Agora os pais estão trazendo os filhos cada vez mais cedo para a escola especial, antes deixavam em casa, isoladas da sociedade”, conta. Não só para os bebês, mas todos os alunos da escola passam por avaliações com a psicóloga, que está diariamente na escola e atendimentos com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga.
Projetos realizados
     A escola por intermédio dos professores já realizou muitos projetos sobre diferentes questões. No próximo mês quatro professores e um aluno viajam a Brasília para apresentar o projeto “Especial somos todos nós!” ao presidente Lula. No trabalho aparecerá a foto de cada aluno/funcionário com a sua família, uma forma de chamar a atenção da sociedade, no sentido de que especial tem um significado que representa carinho e não um sentido apenas pejorativo.
Localização da escola
     A escola funciona em um prédio da prefeitura localizado no centro da cidade, em um espaço amplo e agradável. Toda a infra-estrutura é adaptada para melhor atender os alunos, assim como os cadeirantes. A proximidade com o ginásio de esportes, o Parque Manancial e as ruas tranquilas, sem muito movimento, permitem que os professores saiam com os alunos para passear.