Geferson Antônio Marcon nasceu e se criou em Campo Largo, ainda criança em meio a uma vida tranquila no tradicional estilo de uma cidade de interior começou em rádio. Com apenas 12 anos, no ano de 1984, o seu tio Renato o incentivou a entrar nesse meio, e tornou-se um professor para Geferson. Num primeiro momento o garoto queria apenas conhecer como era o funcionamento de uma rádio, e não era tão amante de rádio, mas apesar de jovem o seu tio lhe deu a chance.
O seu tio Renato apresentava um programa junto com amigos em uma extinta rádio AM em Curitiba, passado algum tempo alguns amigos deixaram de ter participação e então Geferson foi convidado pelo tio a fazer parte do programa que ia ao ar sábado, com duas horas de duração. Nesse primeiro contato com o rádio, Geferson ficou na emissora durante quatro anos, "percorria os jornais ao encontro de matérias de saúde, programação de eventos e com isso desenvolvi o gosto pela leitura e ganhei mais desenvoltura para falar", declara o radialista.
Aos 16 anos Geferson começou a busca por um espaço no mercado radiofônico, a chance surgiu na extinta Rádio Estúdio 96, atual Band News, onde atuou como locutor substituto, num período de um ano e meio, apesar de as participações serem esporádicas, agregou aprendizado para a sua carreira.
Já na extinta Rádio Intercontinental de Curitiba, atuou 98 da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), era locutor e passou a se interessar também pela parte técnica; e na Rádio Cidade AM foi operador de áudio.

Faculdade de
Agronomia
e Rádio Onda Livre
Para entrar na faculdade de Agronomia Geferson precisou sair do rádio para fazer cursinho pré-vestibular e nesse período trabalhou como auxiliar de escritório, passando no vestibular ficou afastado do meio radiofônico de 1995 a 2001.
De acordo com Geferson a migração para a área de Agronomia foi alavancada pelo interesse na área e como o mercado radiofônico é fechado e na maioria das vezes mal remunerado, buscou uma profissão que poderia lhe dar um futuro mais tranquilo. Apesar disso, atuou muito pouco como agrônomo.
Mesmo longe do rádio, a paixão pelo meio nunca acabou, Geferson juntamente com outros parceiros foi um dos idealizadores da Rádio Onda Livre através da Fundação Nossa Senhora da Piedade. "Foi uma luta para conseguir a rádio, foi uma caminhada difícil, mas com a influência de conhecidos foi possível chegar à criação da rádio", conta. Para ter conhecimento de uma rádio, Geferson fez cursos na área de eletrônica e há anos atua também como assessor de radiodifusão.
Para Geferson nos últimos 30 anos o rádio ficou muito mais fácil de ser feito, mas perdeu grande parte do romantismo que o rodeia, "antes rádio não podia ser feito sem a presença de uma pessoa, hoje existe a programação automática", diz.
Como apresentador do jornal do meio-dia "Cá entre nós" na Rádio Onda Livre, Geferson tem uma programação de notícias de nível nacional, regional e local, que segue uma segmentação popular. Além da apresentação do radiojornal, é responsável pela área técnica.
Em 2006 Geferson recebeu o convite de gerenciar as rádios Najuá AM e FM de Irati, onde permaneceu durante oito meses e esteve a frente das áreas de gestão e técnica. Para ele, esse foi um aprendizado, "trabalhava com pessoas que não conhecia, precisei quebrar paradigmas e tirar vícios", comenta.

Canal de TV
Em 2005 Geferson juntamente com dois empresários viabilizaram a ideia de criar um canal de TV na cidade e no fim de 2008 conseguiram a concessão. Para dar início as transmissões, a emissora precisa de mais investimento em termos financeiros e de profissionais da área de comunicação e técnicos. Enquanto isso a equipe idealizadora do projeto está avaliando o mercado.
A programação vai mesclar entrevistas de personalidade local, cultural e pretendesse criar um telejornal com notícias locais e vai acontecer a retransmissão da programação da Universidade Luterana do Brasil, que inclue filmes, programas de entretenimento, jornais esportivos, entre outros.

Histórias
marcantes
Em 2005 um fato inusitado aconteceu com o radialista, "durante o programa eu conversava com um amigo sobre a cobrança abusiva das tarifas bancárias, e após soltar a música esqueci o microfone ligado, quando recebo uma mensagem no celular de um ouvinte dizendo que concordava com a minha opinião, mas havia deixado o microfone ligado", lembra.
Em Irati como era responsável pela parte técnica, uma vez a rádio ficou fora do ar na madrugada e então foi acordado para ver o que acontecia e no final. Nesses acontecimentos onde a rádio para mas continua no ar, ele diz que o radialista precisa ter "jogo de cintura", como continuar falando e se possível, interagir com alguém no estúdio.
Uma das situações que Geferson lembra ter passou vergonha no ar, está o dia que a sua mãe ligou para pedir a ele que levasse pão para casa e ele atendeu como se fosse um ouvinte, "esses momentos o ouvinte esquece, mas nós guardamos, pois fomos à vítima", conta.