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Horta comunitária incentiva voluntários a cultivar plantas orgânicas no Centro

Dentro do MIC, foi iniciada uma horta comunitária que é aberta a todos os campo-larguenses que gostem ou queiram colocar suas mãos na terra e cultivar seus próprios alimentos.

Horta comunitária incentiva voluntários a cultivar plantas orgânicas no Centro


Talvez centenas de pessoas passem ao redor dos muros da horta comunitária no Centro e não saibam da magia que acontece ali dentro. Dentro do MIC, foi iniciada uma horta comunitária que é aberta a todos os campo-larguenses que gostem ou queiram colocar suas mãos na terra e cultivar seus próprios alimentos.

A horta começou há um ano e conta com aproximadamente 30 voluntários, sendo dez fixos e bastante ativos no projeto. A iniciativa não é fruto de nenhuma ONG nem recebe qualquer incentivo público para acontecer, ela conta somente com a boa vontade dos voluntários que cuidam do solo, levam diversos tipos de mudas, realizam o plantio e colhem o produto final. “No começo nós fizemos algumas reuniões, antes de colocar a mão na terra. Conversamos o que poderia ser feito e começamos a efetivar os planos”, conta Leandro Schepiura, um dos voluntários e idealizador do projeto.

Ele conta que os participantes se conheceram por meio da rede social. “Eu sempre tive o sonho de criar uma horta comunitária em Campo Largo e por meio dos grupos do Facebook encontrei pessoas que partilhavam desse mesmo objetivo”, relembra.

Na própria rede social foi indicado o nome da coordenadora do MIC, Marta Gorski, que abriu as portas para a ideia. Antigamente havia uma horta no local, que infelizmente foi desmanchada para montar um estacionamento. O espaço, então, foi reaberto para que dessa vez todas as pessoas da comunidade participassem.

Leandro conta que o objetivo é fazer do local uma agrofloresta, na qual a floresta parte como inspiração, então são copiados seus vários aspectos, como grande número de espécies plantadas, feitas com plantas e árvores frutíferas sem utilizar veneno. “Comecei a pesquisar bastante sobre e vi muitas localidades que já realizam esse trabalho, o que acabou inspirando ainda mais para o projeto. Eu tenho uma horta na minha casa, a maioria dos alimentos que eu consumo, eu mesmo produzo em casa, mas lá já estava saturado. Precisava de um lugar que fosse a extensão do meu quintal, mas também senti a necessidade de dividir isso com outras pessoas também”, diz.

A ajuda dos voluntários é de suma importância para a manutenção da horta. Eles possuem grupo no Whatsapp no qual compartilham informações e técnicas de plantio orgânico, vídeos e pesquisas, pois em sua maioria são pessoas leigas. Em um dos mutirões foi realizada uma conversa com um voluntário que entende bastante de agronomia, o que foi de suma importância para saber por onde começar a trabalhar.

Segundo Leandro, o momento é de reavivar o solo, torná-lo saudável para gerar alimentos saudáveis. Ele explica que as primeiras colheitas ainda não são na proporção que se espera atingir, mas o cultivo ajuda a preparar o solo. Até mesmo o tratamento do solo é feito de forma orgânica, utilizando adubos orgânicos, tais quais restos de folhas, grama, palha e fezes de animais.

No local já foram colhidas alfaces, beterraba, rúcula, quiabo, cebolinhas, pepino, berinjela, plantas medicinais, entre outros. O espaço também está aberto para plantar flores e árvores frutíferas. Só não são plantadas mudas transgênicas ou enxertadas, para que tudo seja feita da forma mais natural possível.

Extensão do quintal
A horta é de todos e para todos, sem nenhum líder. É dada a liberdade para que os voluntários possam plantar e colher o que desejarem, desde que respeite a natureza e as demais pessoas que estão ali, sempre tendo o bom senso na hora da colheita.

“Não temos horário fixo ou escala para irmos trabalhar, cada um vai conforme a disponibilidade. É muito gratificante participar, pois ter alimentos saudáveis e sem agrotóxicos é compensador. Meu filho Matheus Henrique faz parte da nossa equipe também. Gostamos bastante da experiência, pois além dos alimentos saudáveis fizemos vários amigos. Isso se torna uma terapia, devido a correria que anda o dia a dia de todos. É bom demais fazer parte desse grupo”, conta a voluntária Marlene Petranski Grande.

“Lembro quando marcamos a primeira reunião, mil ideias e um grupo legal de pessoas interessadas. Limpamos o terreno, compramos mudas e sementes e iniciamos a horta. Hoje ela está linda. Fazemos mutirões, vamos quando conseguimos um tempinho e assim sempre temos a oportunidade de colher alimentos orgânicos, com sabor de verdade e, o melhor, plantado por nós mesmos, com muito carinho”, completa Silmara Camargo.

Convite
Todas as pessoas da comunidade estão convidadas para participar da horta comunitária e inclusive usá-la de inspiração para disseminar a ideia pelos mais variados bairros de Campo Largo. Os mutirões acontecem aos sábados pela manhã, mas o portão está sempre aberto, basta o voluntário chegar e começar a trabalhar. Os voluntários avisaram que pessoas que querem contribuir e não colocar efetivamente a mão na terra podem participar levando água, sucos às pessoas que estão trabalhando lá ou levando mudas para aumentar ainda mais a horta.

A horta está localizada na Rua Rui Barbosa, 1567 - Vila Gilcy, dentro do MIC. Quem quiser acompanhar o trabalho, também pode entrar no grupo público do Facebook Horta Comunitária Campo Largo, por meio do link https://www.facebook.com/groups/119825798640849/about/.