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Moradores

Um protesto pacífico foi realizado terça-feira (6), em frente ao Fórum de Campo Largo, pelos  moradores do bairro Ferraria contra uma ordem de despejo da AZ Imóveis.

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Um protesto pacífico foi realizado terça-feira (6), em frente ao Fórum de Campo Largo, pelos  moradores do bairro Ferraria contra uma ordem de despejo da AZ Imóveis, que deu um prazo de 30 dias para as famílias deixarem suas casas no Jardim São Lucas. Os moradores das áreas alegam que nunca receberam notificação nenhuma de processo e têm como provar que residem ali em períodos de quatro a dez anos, já que houve casos onde moradores compraram terrenos que já haviam sido ocupados por terceiros.
     O temor dos moradores é que, com a decisão judicial, outros moradores teriam seus direitos questionados, já que a maioria do Bairro Ferraria é composta de áreas irregulares. Segundo Fernanda Queiroz, presidente da Associação de Moradores do Santa Ângela, Kelly Cristina e S. Lucas, a determinação de ação com força policial e desapropriação está causando pânico entre os moradores. Já o vereador Nelsão (PMDB), que também mora na região e apoiou o protesto dos moradores, cobrou ações do Executivo e do Judiciário no sentido de evitar uma situação de confronto entre os moradores e o poder público. “A imobiliária AZ está requerendo uma área supostamente de interesse ambiental, que seria fundo de Vale. Nós pedimos ao Executivo, ao Ministério Público e ao Judiciário que intervenham para garantir o direito dos moradores”, afirmou  Nelsão. Os moradores protocolaram no Fórum um documento que sinaliza a intenção de uma ação de usucapião coletivo. 
     Comissão avaliará solução para o impasse
Uma comissão de moradores, que contou com a presidente da Associação de Moradores, Fernanda Queiroz, e o vereador Nelsã, foi recebida pelo Juiz Álvaro Luis Torrens e pelo chefe de gabinete do Prefeito Edson Basso,  Paulo Sabin. Torrens mostrou-se familiarizado com o problema da regularização fundiária e afirmou que a Justiça não está contra os moradores e a população. Mesmo com o processo já julgado, Torrens pediu que a advogada dos moradores, Dra. Laila de Lara, protocolasse uma solicitação para que haja uma intervenção de sua parte no processo, prorrogando o prazo do despejo até que se ache uma solução para o caso. 
     O representante do Executivo, chefe de gabinete do prefeito Edson Basso, Paulo Sabin também se mostrou solicito em achar uma solução para o despejo dos moradores. “Não mediremos esforços para encontrar uma solução”, disse o representante do prefeito.  Entre os representantes da comissão que foi recebido pelas autoridades, estava o morador do Jardim São Lucas, Sebatião Cardoso, que afirma nunca ter sido ouvido ou intimado em nenhum processo, nos nove anos que mora no local. “Nunca fui intimado, ou notificado”, afirma o morador, que atualmente está desempregado e aguarda junto ao INSS o recebimento do salário doença, pois encontra-se incapacitado.