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Pedestres são parte importante do trânsito e também têm deveres

Em Campo Largo não é preciso circular muito de carro para perceber alguns erros dos pedestres. A força do hábito também influencia bastante, uma vez que após sair da posição de motorista, muita

Pedestres são parte importante do trânsito e também têm deveres

É de conhecimento de todos que os pedestres têm a preferência sobre qualquer circunstância no trânsito, mas é preciso saber também que para uma boa convivência de carrinhos de coletores de recicláveis, ciclistas, motociclistas, carros, ônibus, caminhões é importante que os pedestres cumpram alguns deveres que cabem a eles. Lembrando que no trânsito a partir do momento que um motociclista ou motorista sai do seu veículo ele também passa a ser pedestre.

Em Campo Largo não é preciso circular muito de carro para perceber alguns erros dos pedestres. A força do hábito também influencia bastante, uma vez que após sair da posição de motorista, muitas vezes, são cometidos os mesmos erros apontados enquanto se está dentro do carro. “Nós sempre devemos ter em mente que o trânsito como um todo deve ser defensivo. Existem muitos hábitos que dificultam o bom andamento do trânsito e que deveriam já ter sido banidos das práticas dos cidadãos”, é o que explica o Comandante da Guarda Municipal, Marcos Roberto Leitão.

O primeiro passo é saber atravessar a rua, embora pareça algo simples de ser feito. “Muita gente acredita que atravessar a rua no meio da quadra é melhor do que atravessar na faixa. Isso não é verdade. Atravessar a rua na faixa de pedestres é muito mais seguro, pois é um local de cruzamento. Dificilmente um carro irá ultrapassar outro em um cruzamento, os motoristas estão mais atentos e exige uma parada obrigatória por parte dos carros, o que facilita muito para o pedestre”, explica o Comandante.

Campo Largo ainda é um local precário com relação às calçadas, mas ainda assim é importante a autopreservação. “Em locais onde não tem calçada ou ela esteja tomada pelo mato é importante manter o alinhamento da rua como guia e sempre que precisar entrar na via para desviar de algum obstáculo prestar muita atenção se há algum veículo vindo, e nisso eu incluo as bicicletas também. Um carro tende a se preocupar mais com outro carro, visto que o acidente é de maior proporção e violência. Portanto, sempre ande no fluxo da via, nunca na contramão, evite andar lado a lado quando estiver acompanhado, naquele trecho é importante fazer uma fila para evitar se expor na via”, orienta o Comandante.

Outro ponto abordado pelo Comandante é sobre a roupa usada pelo pedestre. “Principalmente aqui no Sul nós somos mais adeptos a usar roupas escuras e isso pode ser um problema à noite, uma vez que o motorista pode confundir com um reflexo, ou mesmo não ver a pessoa. A orientação é procurar usar uma roupa mais colorida ou mesmo ter em sua bolsa ou blusa algo que reflita e seja possível visualizá-lo com facilidade. O mesmo vale para ciclistas”, aconselha.

O Comandante diz também que o campo visual em uma bicicleta é ainda menor, tanto para o ciclista quanto para o motorista, tornando dispositivos de segurança - como olhos de gato, capacete, roupa refletora, joelheiras, cotoveleiras - ainda mais imprescindíveis.
Cuidado com os mais frágeis

Quando usado o termo “mais frágil”, quer dizer aqueles que em caso de acidente pode se machucar mais gravemente. Aqui está o grupo das crianças, dos idosos e também dos animais de estimação, onde a orientação é para que sempre caminhem mais “para dentro” da calçada. “Nesta posição fica mais difícil de um carro acertar o pedestre. Crianças pequenas sempre se deve segurar pela mão ou carregar no colo, já para evitar possíveis ‘fugas’ delas”, diz.

Outra recomendação importante é sobre brincar na rua. “Apesar de ser um costume muito antigo, principalmente em uma cidade com tradições familiares como Campo Largo, a rua não foi feita para brincar. Muitas vezes isso será inevitável, então a responsabilidade passa a ser do motorista, que deve diminuir a velocidade e ficar ainda mais atento às crianças”, orienta.

Travessia elevada e semáforo para pedestres
A travessia elevada é mais eficaz do que uma lombada, já que por sua extensão ser maior, os carros e motos são obrigados a diminuir a velocidade, além de colocar o pedestre em evidência. Outro ponto positivo da travessia elevada é que ela é menos prejudicial ao veículo, às casas e aos comércios quando comparada à lombada.

O pedestre deve ficar atento também ao semáforo, tanto o destinado para carros, como o destinado aos pedestres existentes nas ruas que cortam o Calçadão da XV de Novembro. A recomendação do Comandante Marcos é esperar o sinal ficar verde para a travessia do pedestre e evitar atravessar a rua em meio aos carros, permanecendo no meio da via aguardando mais carros passarem.