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Opinião

A conta? Todos nós teremos que pagar

A conta? Todos nós teremos que pagar

06/12/2014

Quando sobra mês no fim do dinheiro, o cidadão é obrigado a emprestar de alguém ou de alguma instituição financeira, para não passar necessidades. A prática de lançar mão de empréstimos, de avançar no limite do cheque-especial ou do cartão de crédito, não é saudável para a economia pessoal ou doméstica. A manutenção dessas dívidas, por longos períodos, pode levar a pessoa à condição de inadimplente, de insolvente.

A economia pessoal ou doméstica é igual também para as empresas e para o Governo. Todos, menos o Governo, se preocupam com isso. Para os gestores públicos, os recursos são ilimitados, ou pelo menos parecem ser. Gasta-se a rodo, sem planejamento, sem controle, sem critérios. No final das contas, o “furo” pode ser facilmente coberto com uma simples manobra, onde o que se gastou deixa de ser gasto e passa a ser poupança. A manobra, na realidade, é complicada, porque não existe mágica. O balanço fica maquiado, mas o dinheiro não aparece, não cai do céu.

O resultado da mágica dos números, que o Governo, com  a anuência dos deputados e senadores, estão conseguindo, vai doer no bolso de alguém. E esse alguém o leitor sabe bem quem é, nós, os cidadãos que pagamos impostos.  E o aumento dos impostos já está anunciado. O Governo, para cobrir a gastança, não tem mais de onde tirar dinheiro, a não ser do bolso do cidadão. Fala-se, até, em falta de dinheiro para pagar o Bolsa Família, programa que acabou sendo politizado e, descontrolado, causa um rombo fantástico no Orçamento do País.

Já nesse final de ano, o salário fica ainda menor, no bolso do trabalhador, com os reajustes das tarifas de energia, de água, com o reajuste dos combustíveis, com o aumento dos preços dos alimentos. Mas o Governo não se importa com isso. O trabalhador que trabalhe mais, para ganhar mais e pagar mais impostos. Enquanto isso, continuamos nas intermináveis filas do SUS, sem hospitais, continuamos sem Educação de qualidade, Segurança, estradas, silos, portos e aeroportos. O Governo, ao que parece, pensa apenas em se manter no poder, a qualquer custo. O escândalo da corrupção nem parece ser no Brasil. O importante parece ser gastar mais do que pode, porque o povo está aí para pagar.