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Opinião

A perigosa cegueira que o fanatismo provoca

A perigosa cegueira que o fanatismo provoca

20/02/2015

Por Luis Augusto Cabral

O mundo vive em guerra, desde os primórdios da Civilização, por um único motivo, a cegueira provocada pelo fanatismo, em todos os sentidos. Não é o Diabo, “Senhor dos Infernos”, o culpado por todas as desgraças do Mundo, mas o próprio Homem, pela sua ignorância, ganância, preconceito e a falsa impressão de que ele é, sempre, o dono da verdade.
O fanatismo mais explosivo, ou pelo menos o que provoca mais conflitos, é o religioso. Em nome de um Ser Supremo, cometem-se atrocidades inimagináveis, em quase todos os recantos do Mundo. Indivíduos, em nome da sua religião, queimam vivos os que se opõem às ideias do grupo, ou muitas vezes fazem “justiça” decaptando os chamados “infiéis”.
A História Humana é rica em fatos que mostram a intolerância religiosa como motor de alguns dos crimes mais hediondos já praticados pelo Homem. Destaca-se, apenas para citarmos dois exemplos, a  “Santa Inquisição”, produzida pela Igreja Católica, no final da Idade Média e, atualmente, a ação devastadora de fanáticos que, em nome da religião Muçulmana, decaptam suas vítimas diante de câmeras de televisão, multiplicando o terror como sua principal arma.
Mas existem outros exemplos de fanatismo provocando guerras e extermínio. Leia-se a História da Segunda Guerra Mundial, onde os nazistas massacraram milhares de judeus, ou a ação atual de fanáticos religiosos no Norte da África.
Mais próximos de nós, podemos analisar o fanatismo que cega grupos que vão às ruas e, em nome de uma justiça que eles acreditam, destroem o partimônio público e privado, sem se dar conta que estão dando tiros nos próprios pés.
 A Folha de Campo Largo foi, na semana passada, vítima de um grupo assim, cego pela impressão de que pode tudo, em nome dos seus interesses. Logo a Folha, que sempre defendeu os interesses da comunidade, acima de qualquer interesse individual, partidário ou de grupo. Aos gritos de “Folha Vendida!”, esse grupo passeou pelas ruas da cidade, tentando enlamear a História do principal Veículo de Comunicação da cidade, com  a  mácula da parcialidade.
A Folha de Campo Largo foi a primeira a dar espaço e voz, aos professores, em sua jornada por melhores salários e condições de trabalho. Sempre defendeu a Educação como base do desenvolvimento, da Democracia, da Lei e da Ordem, e não estaria, agora, contra o que considera justo. Sabemos que uma minoria, pela cegueira provocada pelo fanatismo, levou a cabo o ataque ao nosso veículo, mas tudo está perdoado. Somos, todos, professores.