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Opinião

Ainda continuamos sem alternativa para ir e vir

Ainda continuamos sem alternativa para ir e vir

22/06/2015

Durante mais de 20 anos os campo-larguenses reivindicaram a transferência da pista sentido Sul, da BR-277, para junto da pista Norte, entre a Rondinha e São Luiz do Purunã. Foi preciso morrer muita gente, os transtornos se tornarem quase insuportáveis, principalmente nas voltas dos feriadões, para que o chamado Contorno de Campo Largo fosse construído.

Na última quarta-feira (17), a “duplicação” da rodovia, entre o Itaqui e a Rondinha, completou um ano. As estatísticas, levantadas pela concessionária RodoNorte mostraram, nesse período, uma redução de 83% no número de acidentes, naquele trecho. A redução dos atropelamentos chega a 90%. Menos acidentes, menos mortes, menos feridos. Poderíamos estar apenas comemorando estas estatísticas, mas não podemos nos acomodar com esses números. Porque ainda existem problemas, muito graves, com a rodovia que corta a cidade ao meio. E quanto mais o tempo passa e mais aumenta a densidade populacional, mais os problemas se avolumam.

Moradores de vários bairros localizados ao longo da rodovia, entre Campo Largo e Curitiba, nos dois lados das pistas, têm dificuldade de acesso, de travessia, além de sofrerem cada vez que uma das pistas fica interrompida, por obras ou acidentes. A recente troca de asfalto da pista Sul, mostrou o quanto nós dependemos da rodovia e o quanto é prejudicial para todos não termos alternativas para nos deslocarmos entre um bairro e outro, ou entre Campo Largo e Curitiba.

Além das vias marginais, que precisam ser abertas nos dois sentidos, a população reivindica trincheiras que facilitem o trânsito entre um lado e o outro da cidade. Não dá para continuarmos aceitando que moradores dos bairros localizados na margem da pista Norte, na região do Cercadinho, sejam obrigados a trafegar mais de seis quilômetros para poderem, no viaduto mais perto, na Rondinha, acessarem a pista sentido contrário. A falta de alternativas para esta conversão afeta mais de quatro mil moradores daquela região, e não se ouve, de nenhuma autoridade constituída, nenhuma decisão, nenhum aceno sobre a possibilidade de solução desse problema. É como se ele não existisse, como se todos estivessem satisfeitos.

Devemos comemorar, sim, a redução do número de acidente, de mortos e feridos, nesses últimos 12 meses. Mas poderíamos comemorar muito mais, se o Poder Público olhasse com um pouco mais de atenção, para a nossa população que produz, que paga impostos, e tem direitos, que nem sempre são respeitados.