Quarta-feira às 24 de Abril de 2024 às 05:12:55
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Opinião

Estudantes armados. Onde vamos parar?

Outrora pacata, Campo Largo, embora ainda seja uma das cidades mais tranquilas para se morar, na Região Metropolitana de Curitiba, já não é mais a mesma.

Estudantes armados. Onde vamos parar?

     A violência está tomando proporções assustadoras, em todo o País. Parece-nos distante, e não nos importamos muito, quando os casos mais violentos, e de maior repercusssão, acontecem nos grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Mas quando é perto de nós, assusta. No início desta semana, Campo Largo foi sacudida com a notícia de várias mortes violentas. Acidentes, assassinatos, casos cada vez mais assustadores, mostram que a violência já está batendo às nossas portas.
     Outrora pacata, Campo Largo, embora ainda seja uma das cidades mais tranquilas para se morar, na Região Metropolitana de Curitiba, já não é mais a mesma. Em muitos bairros só é possivel ter alguma segurança, instalando-se câmeras e cercas elétricas, para se proteger. Em outros, nem assim os moradores podem se considerar protegidos.
     Nesta quinta-feira (01), mais uma notícia assustadora: Três adolescentes, de 14 e 15 anos, estavam frequentando as aulas, numa escola pública na região do Itambezinho, armados com revólveres e pistolas. Eles exibiam as armas, para os colegas de classe e até foram para o recreio com os revólveres e as pistolas, que manuseavam para todos verem. Um deles, inclusive, deixou a arma cair, provocando alvoroço entre os demais estudantes.
     O assunto foi levado ao conhecimento da Direção da Escola, que tomou providências rápidas, para ouvir os meninos, que negaram tudo. No dia seguinte, mais denúncias, eles estariam tentando vender as armas, num bar nas proximidades da escola. Felizmente a Patrulha Escolar, informada sobre o caso, foi à caça das armas e as apreendeu, nas residências dos menores.
     E se esta providência não fosse tomada a tempo, o que poderia suceder? Poderíamos lamentar, aqui, certamente, como já aconteceu em escolas em grandes cidades, mortes e tentativas de homicídios. Afinal de contas, se uma arma nas mãos de um adulto, já é perigosa, imaginem nas mãos de adolescentes, que ainda não têm completa a sua formação psicológica e o equilíbrio emocional para manusear uma arma de fogo.
     Que o episódio nos sirva de aviso, para que possamos tomar providências para impedir que crianças e adolescentes portem armas, quaisquer que sejam, nas escolas e salas de aula. Do contrário, ninguém sabe onde é que nós iremos parar?