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Opinião

Nascemos todos iguais e sem preconceitos

Nascemos todos iguais e sem preconceitos

09/10/2015

ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS

Por Luis Augusto cabral

Preto, branco, amarelo, índio, loiro, a beleza e a diversidade da raça humana parecem nos levar a enxergar diferenças que, na realidade, não existem. Somos todos iguais. Isso é possível perceber quando encontramos crianças nas creches, nas escolas, parques e igrejas, que brincam e se divertem inocentes, cada uma com sua personalidade, sem malícias e sem preconceitos. São crianças, simplesmente, seres humanos na sua mais pura plenitude.

O mundo vive em guerra. Conflitos étnicos, religiosos, que dizimam populações inteiras, e as crianças são, sempre, as maiores vítimas. Mas mesmo nos países em guerra, nas tréguas e lugares neutros, é possível encontrar crianças de ambos os lados, brincando até mesmo juntas, porque “guerra e religião são assuntos de adultos”. Para as crianças, existe apenas a oportunidade de brincar, de aprender, fazer novos amigos, crescer.
Tolerância

É a família e a sociedade que, lentamente, impõem padrões de pensamento e de comportamento que levam as crianças à construção de ideias de mundos diferentes. São detalhes quase imperceptíveis, mas que chamam a atenção dos pais mais atentos. A criança, muitas vezes, chega da escola e conta à mãe que foi agredida ou xingada, e até mesmo excluída do grupo, só porque é diferente do padrão da turma.

De tão comum e aparentemente irrelevante, a reclamação da criança passa sem que nenhuma providência seja tomada. Durante a adolescência essa criança invariavelmente continua sendo vítima de “bullying” e precisa se superar e lutar pela sua aceitação pelo grupo no qual sua inserção deveria ser automática, tranquila, sem traumas. Ou se tornar melhor, superar o próprio grupo, se sobressair pelo talento e pela competência, se tornar ícone.

Esse pequeno e cruel detalhe, no relacionamento que a sociedade impõe às crianças, é o bastante para a construção de uma sociedade desigual e conflituosa. Não teríamos conflitos, nem guerras, se os adultos se amassem e se respeitassem como as crianças, com tolerância e  sem preconceitos, sem diferenças. Seria bom se, nesse Dia das Crianças, todos pudéssemos ser, novamente, crianças. Vamos depositar nossas esperanças nas novas gerações.