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Opinião

Saiba que é você quem vai pagar a conta

Saiba que é você quem vai pagar a conta

01/02/2015

Políticos que só se preocupam com o povo, em ano de eleição; administrador que decide por você, em gabinetes acarpetados e com ar condicionado; técnicos que nunca andaram de ônibus, cada vez mais lotados e desconfortáveis. O resultado está aí, uma greve de ônibus que prejudicou mais de dois milhões de pessoas.

Curitiba e região (Rede Integrada) amanheceram na segunda-feira (26), sem um único ônibus nas ruas. Circularam apenas os ônibus municipais, restritos a cada cidade. O trabalhador que precisou se deslocar entre as cidades, ficou a pé, ou teve que utilizar seu próprio meio de transporte ou, ainda, utilizar táxi ou lotação, pagando bem mais do que o valor de uma passagem de ônibus.

Na terça-feira, a continuidade da greve frustou, mais uma vez, quem queria apenas um meio de transporte para chegar ao trabalho. Não tinha. Motoristas e cobradores reunidos no Tribunal Regional do Trabalho, discutiam como o problema seria resolvido. Sem terem recebido seus vencimentos, os trabalhadores queriam apenas isso, o dinheiro na conta. No final da tarde de terça-feira, o Governo do Estado resolveu aportar recursos, na conta da Urbs, para que as empresas pudessem realizar o pagamento, que caiu na conta dos trabalhadores apenas nesta quinta-feira. Mas na quarta-feira, cera de 80% da frota voltou às ruas, solucionando o problema de transporte da população.

Disseram, os trabalhadores, que se o dinheiro não caísse na conta, nesta quinta-feira, nesta sexta-feira a região amanheceria, novamente, sem ônibus.

Toda esta confusão tem um custo. Com ou sem ônibus, vem aí mais um aumento de tarifa. Os cálculos iniciais apontam para algo em torno de R$ 3,30 ou R$ 3,50 a passagem. Mas há, ainda, um componente explosivo, a possibilidade de desintegração da rede, ou seja, os usuários dos municípios da Região Metropolitana, exceto Curitiba, poderão pagar mais, pela tarifa, chegando a R$ 3,75 e até R$ 4,00, dependendo da linha.

Esse é mais um efeito colateral da crise econômica que o País atravessa, e que foi escondido pelo Governo, nas eleições de 2014. Explode, agora, como explodiram os percentuais de impostos que começamos a pagar, nesse início de ano, com aumento de combustíveis, alimentos, e demais produtos. Estamos pagando uma conta salgada, resultado de dois fatores primordiais, a corrupção e a incompetência política.