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Affonso estará ausente na posse de Marcelo Puppi

O atual prefeito de Campo Largo não estará na cidade no dia 1º de janeiro de 2017, data da posse do novo prefeito, Marcelo Puppi, e não passará o cargo pessoalmente. “Nunca recebi o cargo de nenhum prefeito&quo

Affonso estará ausente na posse de Marcelo Puppi

12/12/2016

O atual prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães, não estará na cidade no dia 1º de janeiro de 2017, data da posse do novo prefeito, Marcelo Puppi, e não passará o cargo pessoalmente. “Nunca recebi o cargo de nenhum prefeito, estarei na cidade até o dia 30, no dia seguinte viajarei com a minha esposa”, disse o prefeito, em entrevista exclusiva à Folha de Campo Largo, em seu gabinete.

Affonso, que recebeu o prefeito eleito Marcelo Puppi na manhã de segunda-feira (05), juntamente com as duas equipes de transição para assinatura do Documento de Transição, disse que o processo está sendo tratado com transparência e respeito, com base na Lei da Transição, que ele encaminhou à Câmara e sancionou em 2001. Lamentou a brutal queda de arrecadação do Município, nos últimos anos, e disse que fez e está fazendo o que é possível, apesar da escassez de recursos.
Dificuldades

Affonso disse que os recursos de transferência federais, para o Município, caíram mais de 5% e que, somados à inflação, chegam a 13% só em 2016. São recursos importantes, que fazem falta a qualquer cidade. Também lamentou a queda dos recursos da Assistência Social e disse que dificilmente as cidades terão novos recursos nos próximos anos. “Não há confiança, não há reação”, disse ele, adiantando que falta dinheiro para tudo e que cada vez mais as despesas aumentam, inclusive a folha de pagamentos.

Sobre as obras ainda em  andamento na cidade, o prefeito disse que a empresa responsável pela pavimentação das ruas no entorno do Hospital do Rocio deve ser substituída, por não estar cumprindo as obrigações contratuais e acredita que até o final do ano ou no mais tardar em janeiro, as demais obras de pavimentação e recape, no Centro e nos bairros próximos, estarão concluídas. Falou da Arlindo Chemin, com saída para a Natal Pigatto, da Antonio Pianaro, a Dom Rodrigo e a Teodoro Kochinski, dentre outras.

Sobre a situação das ruas esburacadas, no Centro e bairros próximos, o prefeito disse que toda a malha viária da cidade está deteriorada, porque tem mais de 25, 30 anos, e que a cada chuva a situação fica pior. “Não temos recursos para tapar os buracos da cidade”, acrescentou.

Pessoal
O prefeito lembrou, ainda, que as secretarias necessitam de novos funcionários, para funcionar, mas as despesas com a folha de pagamento estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje a cidade tem 2.860 funcionários efetivos e cerca de 400 indiretos, e há falta de pessoal em todas as secretarias. Lamenta, adiantando que essa situação, que não é privilégio de Campo Largo, deve perdurar por muito tempo, até que as cidades recuperem suas receitas.

Sobre o seu futuro político, disse que não tem mais idade nem saúde para concorrer a qualquer cargo público, mas que não vai deixar de fazer política. “Vou cuidar da minha família”, disse ele, lembrando que, nesses quatro anos fez muita coisa boa para a cidade, destaca o convênio com a Universidade Positivo, que vem reforçar a área de Saúde da cidade, a construção de quatro creches e a reforma de 15 escolas, em andamento.

Quanto ao convênio com Israel, o prefeito disse que o assunto está sendo tocado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, e que o foco será a Segurança. “Trata-se do projeto Cidades Inteligentes e o Município já assinou o convênio com o Governo do Estado e o Consulado de Israel, juntamente com as cidades de Paranaguá e Pato Branco”, disse.