Sexta-feira às 19 de Abril de 2024 às 05:13:24
EM CAMPO LARGO  | 21º
Geral

Expedicionário

23/11/2012

Expedicionário campo-larguense comemora 91 anos de idade

Expedicionário

23/11/2012

O expedicionário campo-larguense Felix Novak, que lutou durante a Segunda Guerra Mundial, comemorou 91 anos de idade esta semana, no dia 19 de novembro. Toda a família comemora com ele mais um ano de vida e relembra sua importante e marcante história.

Felix e demais paranaenses fizeram parte do Batalhão Jaci, o qual foi considerado um dos melhores da Força Expedicionária Brasileira. Destacaram-se por permanecerem firmes em suas posições, sendo considerados homens de honra que colocaram o amor à Pátria acima de suas próprias vidas.
São poucos os que ainda sobrevivem, por isso a história viva está se perdendo, ficando apenas os registros. Mas os que ainda estão vivos contam suas histórias com muito orgulho, vitoriosos pelas conquistas e por conseguirem sobreviver às sangrentas batalhas e voltarem com vida para suas famílias.

Morador da região do Guabiroba, Felix Novak lembra dos marcantes momentos de sua experiência na Segunda Guerra Mundial. “A guerra sabe como é, só se via morte e mais nada. Rajada que dava os alemães, quando viam, eles não vinham de cinco, seis, dez, vinham de mil, mil e quinhentos cada vez”, declara ele que presenciou a morte de muitos companheiros.

Ele conta que quando chegaram na Itália, já viram toda a destruição, as péssimas condições em que o povo se encontrava e muito barulho dos tiros de metralhadoras, o que justifica o símbolo da Força Expedicionária Brasileira, de uma cobra fumando. “A gente pensava em nada lá, porque não tinha o que pensar. Podia pensar só na morte. A gente quando vai de um jeito, num apuro como nós ‘tava né’, num ataque nós ‘tava tuda’ vida. Nós lá dia e noite, nunca via casa ‘né’, só trincheira. Mas o que nós sofremos muito sabe. Olha que passamos sede, fome, passamos de tudo, de tudo. Nós lá, tinha dia que ficava três dias sem comer, sem beber água, sem nada. Então não é vergonha contar, então pra molhar a garganta nós tinha que urinar e tomar a urina pra molhar a boca, senão morria de sede né”, detalha o ex-combatente.

Foram dois anos sofrendo, longe da família, mas foi recompensador quando os brasileiros chegaram ao topo do Monte Castelo, como afirma Felix Novak. Mas hoje ainda são poucas pessoas que valorizam a coragem destes homens e tudo que eles passaram.