"Quem estiver com seu pai aqui, abrace muito, pois esse abraço valerá por quilômetros de saudade", declara Bianca Correa de Mello, filha de caminhoneiro.
13/08/2016
Por Caroline Paulart com supervisão de Danielli Artigas
Ver o pai partir para mais uma viagem é rotina para milhares de filhos de caminhoneiros espalhados por todo o país. A saudade aperta a cada lembrança, mas há meios de driblá-la. A campo-larguense Bianca Correa de Mello conta um pouco sobre a falta que o pai faz dentro de sua casa.
Seu pai é o caminhoneiro Roger Correa de Mello, que trabalha há quase 30 anos nas estradas. “Ele já chegou a ficar até três ou quatro meses viajando, era muito difícil. Hoje em dia ele viaja, mas está em casa um final de semana sim e outro não”, conta Bianca. “A parte mais difícil era passar datas especiais longe dele, porque ele
nem sempre podia estar conosco”, relembra.
A internet e o telefone eram armas para combater a saudade do pai. “Sempre nos falamos pelo Whatsapp. Quando não existia, usávamos o telefone”, diz. Quando Roger está em casa, toda a família se reúne para se divertir. A parte boa do pai caminhoneiro é viajar. “Conhecemos muitos lugares das vezes que viajamos com ele. Agora que sou adulta, minha rotina me impede de ir, mas meu irmão mais novo sempre que pode vai”, conta Bianca.
“Milhares de pais passarão esse dia fora de casa, dirigindo Brasil a fora, mas sabemos que mesmo longe estão perto, buscando o melhor para a família. Quem estiver longe ligue, mande mensagem, mas não deixe passar em branco. Quem estiver com seu pai aqu, abrace muito, pois esse abraço valerá por quilômetros de saudade.
E ao meu pai, eu só tenho a agradecer. Você é o meu herói”, finaliza.