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Agora em Campo Grande em busca do sucesso

Ser cantora, famosa, ver pessoas com suas composições na ponta da língua e nos fones de ouvido é o sonho de muitas pessoas, mas há aquelas que somente sonham e aquelas que fazem com que isso realmente aconteç

Agora em Campo Grande em busca do sucesso

Ser cantora, famosa, ver pessoas com suas composições na ponta da língua e nos fones de ouvido é o sonho de muitas pessoas, mas há aquelas que somente sonham e aquelas que fazem com que isso realmente aconteça. Foi isso que fez Andreia Rios, uma biomédica de formação, mas cantora de alma e coração.

Tudo começou quando Andreia ainda era bem pequena, quando seu pai, Gabriel, comprou um karaokê no qual ela gravava e cantava as músicas da dupla Sandy e Junior. “Ele foi quem sempre me incentivou a aprender algum instrumento. Inclusive ele comprou dois violões e um cavaquinho. Eu toco teclado e violão. Ao longo do curso me interessei pelo canto e foi onde me encontrei”, relembra.

A sua primeira apresentação foi bem precoce, com apenas 10 anos, em uma audição de uma escola de música campo-larguense. Porém a sua primeira apresentação com grande público foi aos 12 anos, em uma festa junina da Igreja a qual ela frenquentava. “Como eu já cantava nas missas, meu irmão tinha dois amigos seminaristas que tocavam e cantavam, então montamos um banda pra cantar nesse evento da igreja. Daí pra frente não parei mais”, diz.

Persistir sempre
Apesar de ter apenas 23 anos, Andreia sempre respirou música e foi fortemente influenciada por ela. Na semana passada ela postou um relato em sua rede social sobre sua fase da adolescência e a luta para conseguir um espaço dentro do cenário musical. “(...) A música esteve na minha adolescência quando, nos domingos de manhã pra muitos era o único dia de dormir até tarde, pra mim era o único dia que todos da minha banda poderiam ensaiar às 8h30 da manhã. No ano do vestibular, ao invés de eu estar estudando pra passar, eu levava a alegria e a minha música pra animar a noite das pessoas. Detalhe: na noite anterior ao vestibular eu tava fazendo baile. Cheguei às 04 horas para acordar às 06 horas para fazer a prova. A música esteve na minha vida nos quatro anos de faculdade, quando perdi aulas importantes, perdi relatório, provas porque precisei viajar pra gravar meu CD (...)”, relata.

Entre as dificuldades encontradas no caminho, Andreia afirma que o fato dela ser mulher foi um fator preponderante, mas com o crescimento e grande aceitação de nomes como Maiara & Maraísa e Marília Mendonça a ajudaram e pode ajudar também outras cantoras no cenário sertanejo, dominado pelos homens.

Em contrapartida, Andreia também segue colhendo frutos de todo esse esforço. “Realizei um dos meus sonhos quando cantei com Thaeme & Thiago. Eles sempre foram um exemplo e inspiração pra mim. Outro ponto importante da minha carreira foi participar do DVD da dupla Guilherme & Falcão, em Campo Grande. Foi uma experiência incrível que fez despertar ainda mais amor pela música e o desejo de gravar meu primeiro DVD. Além disso, tive contato com grandes artistas como João Carreiro, Humberto e Ronaldo, Lola e Vitoria e alguns músicos renomados do meio”, conta.
Mudanças necessárias

Atualmente, Andreia está morando em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mas com muito orgulho das suas origens campo-larguenses. “Campo Grande é um grande celeiro musical que já revelou grandes artistas. A mudança foi necessária para meu crescimento como artista e pessoa. Toda minha equipe reside em Campo Grande, assim como meu produtor musical Amarelo que já produziu grandes nomes da música sertaneja. Fizemos várias reuniões e decidimos que essa mudança irá facilitar em todos os aspectos para o crescimento artístico”, diz. “Sempre tive o incentivo de radialistas e pessoas envolvidas neste meio. Eu percebi o reconhecimento dos campo-larguenses quando cantei na festa de aniversário da cidade, em 2016. Foi emocionante e fiquei muito feliz em saber que tenho apoio da minha cidade”, completa.

Andreia também mudou completamente a sua profissão. Formada em Biomedicina, e apaixonada por Análises Clínicas, ela não imaginava uma mudança tão radical. “Esse era o curso que eu sempre quis fazer. Mas, ao longo do ensino médio e da faculdade, meu pai propôs seguir carreira solo. A música, até meus 17 anos, era apenas um hobbie pra mim. Nunca pensei em levá-la como profissão. Foi nesse momento que gravei meu primeiro EP (gravação de CD), inclusive com uma música de minha autoria. Atualmente faço parte de um grupo de compositores onde estou aprendendo muito sobre composições”, finaliza.