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Opinião

Paciência para trafegar pela BR-277 nos horários de pico

Paciência para trafegar pela BR-277 nos horários de pico

Fazer a viagem diária de pouco mais de 25 quilômetros, entre Campo Largo e Curitiba, às sete horas da manhã, hoje, é quase impossível. A estrada, repleta de caminhões, que escoam a safra agrícola para o porto de Paranaguá, fica praticamente paralisada. Transitar pelos poucos trechos de marginal, que permitem o tráfego, ainda que precário, parece solução, mas não resolve o problema, e às vezes causa outros piores.

A situação desse trecho rodoviário está ficando insuportável. Pequenos acidentes, causados principalmente pelo congestionamento, pressa, imprudência ou desatenção, deixam o trânsito ainda mais engessado, confuso. Falta pista, talvez uma terceira faixa, que poderia desafogar o tráfego nos horários de maior demanda, faltam marginais, que abririam uma opção para os veículos pequenos, para o tráfego mais local.

Nesta quita-feira (09), por volta das sete horas da manhã, um acidente que não chegou a interditar a pista, causou um congestionamento de cerca de cinco quilômetros, na Rondinha. Mas mesmo depois de passar pelo “gargalo” provocado pelo acidente, os motoristas tiveram que enfrentar tráfego lento, até o Km 104, no Guarani.  E, nesse trecho, a culpa foi a lentidão das carretas carregadas com  a safra.

Há vários anos os campo-larguense vêm reclamendo da situação do trecho urbano da BR-277. A construção do chamado “contorno” resolveu o problema apenas na região, desafogando o trecho de 11 quilômetros na pista velha, entre o Itaqui e a Rondinha, mas todo o resto da rodovia, entre a Rondinha e Curitiba, continua com tráfego denso, na maior parte do dia, em ambos os sentidos. É muito perigoso trafegar nessa região, em qualquer horário, com caminhões muitas vezes visivelmente com excesso de peso, cujos motoristas nem sempre respeitam as distâncias de veículos menores, “tocam” em cima, para forçar ultrapassagem.

Outro problema que incomoda muito os usuários da rodovia, mas, principalmente, os campo-larguenses, é a falta de retornos.

A fiscalização da Polícia Rodioviária Federal praticamente não existe em toda a extensão desta, que é  mais importante ligação de Campo Largo com Curitiba. Vez por outra, quando o fluxo de veículos é menor e permite uma velocidade maior,  uma equipe  da PRF está lá, nas proximidades da divisa com Curitiba, com um radar móvel, mas fica só nisso, na multa.

O que a população precisa, além de mais fiscalização para inibir os abusos, é a construção de uma terceira faixa, ou de marginais trafegáveis, outras alternativas de tráfego e implantação de retornos mais seguros. Nós, os campo-larguenses, merecemos.