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Opinião

Um governo de reconstrução nacional

Um governo de reconstrução nacional

17/05/2016

Mais de R$ 600 bilhões. Esse parece ser o tamanho da herança desses 13 anos e meio de governo do PT, que o governo Michel Temer terá que recuperar. Para especialistas em Economia, o Brasil precisa recomeçar do zero, refundar as bases da sua política econômica, reduzir e controlar os gastos públicos, por pelo menos dois anos para, só então, começar a voltar a crescer.

O vice-presidente, no exercício da Presidência, Michel Temer, levará alguns dias, semanas talvez, para encontrar os muitos esqueletos que devem estar escondidos nos armários do Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios. A gastança foi tão grande, principalmente nos últimos anos, que ninguém sabe ao certo se são somente esses R$ 600 bilhões ou muito mais, o tamanho do rombo nas contas públicas.

O descalabro dos gastos públicos desarrumou a Economia do País, a inflação ultrapassou os 10%, os juros chegaram a exorbitantes 400% ao ano e os trabalhadores começaram a ser demitidos. Hoje, estima-se, são mais de 11 milhões de desempregados, e mais de 350 mil empresas fechadas. O estrago na economia pode ser sentido pela população, no dia-a-dia de cada um, no momento das compras nos supermercados, nas feiras, na quantidade de lojas fechadas, no tamanho do desemprego, no aumento da inadimplência. O trabalhador, hoje, tem dificuldades de levar o pão e o leite para casa, para alimentar os seus filhos.

O afastamento da presidente Dilma, do Governo, na madrugada desta quinta-feira, numa sessão histórica, no Senado Federal, não deve resolver os nossos problemas, de imediato. Há, no noticiário da grande Imprensa, nas entrevistas e intervenções de especialistas em Política e Economia, a nítida impressão que o trabalhador ainda deverá enfrentar momentos difíceis, remédios amargos, até que os primeiros resultados possam ser sentidos, até que a economia volte a crescer, a gerar emprego e produzir.

O novo presidente, que pode ser efetivado com o afastamento definitivo da presidente Dilma, precisa de amplo apoio no Congresso e muita paciência dos trabalhadores. A própria presidente afastada avisou que o seu partido vai fazer uma oposição forte, para boicotar as ações de Temer. Espera-se uma reação violenta, por parte dos movimentos abastecidos pelo goverrno petista que, a partir de agora, deverão ver os seus recursos minguarem. Uma amostra dese tipo de reação foi vista no início da semana, em todo o País, com interrupção de rodovias, em atos de vandalismo que deixaram perplexos os que queriam apenas continuar trabalhando, e produzindo. Vamos esperar para ver até aonde eles poderão chegar.