Sabado às 19 de Julho de 2025 às 06:06:12
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Amamentação e doação precisam ser incentivadas

A amamentação e doação de leite materno precisam ser incentivadas e podem salvar muitas vidas. Hospital do Rocio precisaria receber quase três vezes a quan­tidade de doações atuais.

Amamentação e doação precisam ser incentivadas

Além de reduzir em 13% a mortalidade por cau­sas evitáveis em crian­ças menores de 05 anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, co­lesterol alto, diabetes e obesida­de. A informação é do Ministério da Saúde que reforça não apenas o aleitamento materno, como também a importância da doação de leite.

Há anos o Hospital do Rocio estimula a doação de leite ma­terno, que salva muitas vidas de bebês prematuros internados. Apenas 1ml dado a cada três ho­ras ao bebê já faz uma grande di­ferença e ajuda até com que não precise mais usar antibiótico em muitos casos, além de estimular o amadurecimento do intestino para começar a receber fórmula. Atu­almente, o Hospital recebe cerca de 20 a 25 litros por mês de doa­ção de leite materno, de cerca de 15 a 20 mulheres. Para atender a demanda de forma ideal, seria ne­cessário pelo menos três vezes essa quantidade.

A nutricionista Camila Soa­res Augusto, do Hospital do Ro­cio, explica que o leite materno evita infecções durante a inter­nação e pós-alta, evita alergias, intolerância ao leite animal, dimi­nui o tempo de hospitalização, o bebê consegue ganhar peso mais rápido e previne infecções intes­tinais, além de estimular o desen­volvimento cognitivo, entre outros benefícios. Com o tempo, a cons­cientização da importância da do­ação tem aumentado. Também é importante o trabalho de orienta­ção dessas mães para que não ocorra muito desperdício no apro­veitamento desse leite doado, que precisa ser coletado seguindo pa­drões de higiene e serem bem conservados, por exemplo. A pas­teurização do leite acontece no Hospital Evangélico. Informações pelo telefone (41) 3136-2613.

Campanha

Com o slogan Amamentação é a Base da Vida, a nova campa­nha de aleitamento, em alusão à Semana Mundial da Amamenta­ção (1° a 7 de agosto), reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até 02 anos e exclusivo até os 06 meses de vida, orientação preco­nizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para o ministro da Saúde, Gil­berto Occhi, é preciso incentivar a amamentação assim como a do­ação de leite também. “Quanto mais tempo as crianças são ama­mentadas, mais elas adquirem resistência às doenças. A mu­lher que amamenta tem benefí­cios para sua saúde. Peço que as mães além de amamentar, que também doe leite, que é funda­mental para crianças que neces­sitam de leite materno. Estamos trabalhando para ampliar o nú­mero de salas de amamentação nas empresas e dentro dos nos­sos serviços de saúde”, destacou o ministro.

Entre as principais dificul­dades para a amamentação ex­clusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegu­rança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupe­tas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho. Por este motivo, a campanha é um importante instrumento para sen­sibilizar a sociedade quanto aos benefícios do leite materno no de­senvolvimento saudável da crian­ça. Segundo OMS e Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclu­siva até o sexto mês de vida.

A atriz Sheron Menezzes e o seu marido Saulo Bernard são os padrinhos da campanha, que re­força a importância do leite ma­terno para o desenvolvimento e a proteção da criança até os dois primeiros anos de vida ou mais. “Amamentação é um assunto que precisa ser levado muito a sério. Eu amamentei até o sexto mês de forma exclusiva e pretendo conti­nuar até os dois anos. A mulher não precisa ter vergonha de ama­mentar, pois além de ser impor­tante para a formação do bebê é um ato de amor”, reforçou Sheron Menezzes.

No Brasil, 67,7% das crian­ças mamam na primeira hora de vida e a duração média do alei­tamento exclusivo é de 54 dias. Aproximadamente 41% das crian­ças menores de seis meses tive­ram alimentação exclusivamente por leito materno no país.