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Adoção

Muitos casais de Campo Largo aguardam ansiosos pelo momento em que conseguirão adotar uma criança. Grupos de apoio mostram novas possibilidades.

Adoção

26/12/2016

Infelizmente o processo de adoção no Brasil ainda é lento e muitas famílias de Campo Largo e todo o País aguardam ansiosos pelo momento em que serão pais ou que vão curtir mais um membro na  família. Em contrapartida, há muitas crianças que nem são procuradas para serem adotadas, entram em um perfil com idade acima de 05 anos ou só podem ser adotados dois ou mais irmãos.

O questionamento mencionado no título fez despertar, na ONG Recriar – Família e Adoção e no grupo de apoio Adoção em Movimento, um trabalho diferenciado para estes casos. Realizam frequentemente reuniões com pessoas que já aguardam a adoção para que comecem a ter um novo olhar, para este outro perfil de crianças que aguardam ansiosamente por um lar e muitas vezes já até perderam a esperança de ter uma família. Em Campo Largo, no dia 30 de novembro, participaram de uma reunião  realizada no Instituto Federal do Paraná algumas destas pessoas que estão aguardando e elas foram  estimuladas a criar um grupo para reuniões mensais, onde podem discutir sobre diversos assuntos em torno da adoção e convidar sempre profissionais na área para esclarecer dúvidas e prepará-los para chegada do filho.

Homero Cidade, um dos idealizadores do Adoção em Movimento, explica que a realidade da adoção aponta para uma quantidade de pretendentes (casados ou não) bastante superior ao número de  crianças e adolescentes legalmente disponíveis para a adoção. “Porém a conta não fecha, em função do perfil da idade das crianças e por constituírem grupos, muitas vezes numerosos de irmãos.”

Ana Lúcia Cavalcante, psicóloga da Recriar, explica que é importante a criação do grupo, pois assim diminui a ansiedade no processo, a qual é muito grande. Segundo ela, a preferência é por adotar crianças de até 03 anos e após os 05 já se chama de adoção tardia. Como uma alternativa, começaram a trabalhar o apadrinhamento afetivo. “É uma preparação para se aproximarem de uma criança que está abrigada. Podem receber visitas semanais crianças acima de 07 anos, fazendo com que ela tenha o direito à convivência familiar e comunitária garantido. Não chegam com a intenção de adotar, mas de conviver com ela, podem fazer passeios e até dormir na casa dos padrinhos”, explica.

Essas crianças vão da casa lar para a escola e vice-versa, não têm muito contato social, e para elas é uma grande realização poder receber pessoas e sair, nem que seja para ir ao mercado ou uma padaria, pois tudo será novidade. “Apadrinhamento é um instrumento de reinserção. As crianças entendem a diferença. Se quiser vir a adotar, aí passa por todo o processo com a Vara da Infância”, detalha Ana.

Mais informações na sede da Prefeitura Municipal, bloco 1, na área de Proteção Especial, onde fazem cadastro e auxiliam no processo, encaminhando para o abrigo das crianças.

Assista aos vídeos sobre adoção.