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Ruas esburacadas podem trazer danos ao carro

Entre as peças que podem apresentar danos, as mais frequentes são na suspensão dianteira e traseira, nos amortecedores e pneus.

Ruas esburacadas podem trazer danos ao carro

Se há algo que praticamente todos os campo-larguenses concordam é que as ruas da cidade colecionam buracos e asfalto ruim, são frequentes as reclamações na Redação da Folha de Campo Largo. Leitores dizem que isso prejudica automóveis de todos os tipos, e traz muito prejuízo. A lei prevê que 50% do pagamento do IPVA (Propriedade de Veículos Automotores) seja destinado para o município justamente para ajudar no conserto das ruas.

O mecânico Maurício Fedalto, da D.A.M Veículos, diz quais as peças que podem ser prejudicadas pelos solavancos no veículo em ruas de péssimo estado. “Entre as peças que podem apresentar danos, as mais frequentes são na suspensão dianteira e traseira, nos amortecedores e pneus. As poças de água formadas pelos buracos também podem prejudicar, se tiver situação de alagamento nas ruas, por exemplo, pode causar danos muito sérios no motor e inclusive na parte de sensores elétricos do motor”, diz.

Em caso de alagamento nas ruas, Maurício orienta a procurar rotas alternativas. “O condutor deve evitar transitar em vias alagadas pois pode ocorrer muitos problemas e prejuízo no veículo, pois além da água estar parada na rua, também pode haver escondido embaixo da água, buracos que podem danificar pneus e rodas causando prejuízo maior ainda e também acidentes”, recomenda. A conta para quem precisa consertar o carro, em especial a parte elétrica, sai salgada, pois, principalmente em carros importados as peças são bastantes caras.

O motorista que ouvir barulhos estranhos nos amortecedores e na suspensão ou sentir vibrações quando dirige deve levar o carro imediatamente à mecânica para uma revisão, pois o veículo perde a estabilidade. “O correto é fazer uma revisão em suspensão e freios no mínimo a cada seis meses para que o veículo esteja sempre em boas condições de uso. Verificar sempre a calibragem correta dos pneus, fazer alinhamentos na direção e balanceamento nas rodas também contribui para uma maior estabilidade do carro”, aconselha.

Assim como Campo Largo, outras cidades e até mesmo rodovias também sofrem com esse problema, portanto o motorista não deve esquecer de uma revisão completa antes de sair para viajar. “Antes de fazer uma viagem, deve-se fazer sempre uma revisão geral no veículo. Revisar correias, freios, sistema de arrefecimento do motor, troca de óleo e filtros, pneus, palhetas de parabrisa, faróis, luz de freios, entre outros itens. Lembrando que tudo isso é para a segurança do condutor e dos passageiros”, finaliza.

Estradas de terra
Campo Largo é uma cidade que ainda possui muita área rural, e muitos condutores precisam trafegar em estradas de chão. O Código de Trânsito Brasileiro admite que a circulação em estradas rurais a velocidade máxima permitida seja de 60 km/h, a recomendação é que não ultrapasse dos 50 km/h, a velocidade pode ser ainda menor para evitar alguns danos. “Em muitos casos acontece de bater pedras em baixo do veículo causando danos no cárter do motor, escapamentos e até danificando pneus e rodas”, diz.
 

Dinheiro de volta
O motorista prejudicado por irregularidades, como buracos nas ruas e rodovias, pode ser indenizado. Se o carro estragou na rua, a ação é contra a Prefeitura da cidade, se for uma rodovia privatizada, deve ser cobrado da concessionária e se a estrada pertencer ao governo, cobrar dele.

O motorista deve primeiramente registrar um boletim de ocorrência, reunir provas como fotos do acidente, do veículo e da via e conseguir testemunhas. Após isso, conseguir três orçamentos do conserto do veículo e juntar os recibos de todos os gastos que o acidente causou. É preciso contatar um advogado, estar com a documentação e os impostos em dia para reaver o dinheiro gasto. A ação tem andamento com base na premissa que o Poder Público ou a concessionária poderiam ter feito algo para evitar o transtorno, mas não aconteceu, sendo configurado como omissão, segundo o CTB.