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Opinião

População pede socorro contra a criminalidade

População pede socorro contra a criminalidade

14/03/2015

Os altos índices de criminalidade em Campo Largo estão assustando a população. Em quase todos os bairros, os moradores começam a se movimentar, a se unir para exigir mais segurança frente à crescente onda de assaltos e de assassinatos. Ninguém se sente seguro, em nenhum lugar.

Já ficou para a História a afirmação de que Campo Largo é uma cidade pacata, com os menores índices de criminalidade da Região Metropolitana. Já foi o tempo em que se dormia, na cidade, com as janelas abertas. Não dá mais para o cidadão de bem sair à noite, da sua casa, sem o temor de assalto ou de qualquer outro tipo de violência.

Os assaltantes parecem saber a rotina das vítimas, a hora que saem de suas casas, a hora que voltam, e ficam sempre à espreita para atacar. O cidadão, indefeso, não tem para quem apelar, não recebe, como deveria, a atenção do Poder Público, responsável pela Segurança. A Polícia Militar, que deveria estar aparelhada e pronta para reagir, não tem efetivo, não tem viaturas, não tem armamento, não tem, muitas vezes, nem mesmo combustível. Em geral, apenas os casos mais graves, com vítimas feridas, são atendidos prontamente pelas forças policiais.

 Constitucionalmente, a Segurança Pública é um dever do Estado e direito do cidadão. Na prática, esta “letra” da Constituição é morta, não é cumprida, e ninguém parece interessado em cumpri-la. Nossas fronteiras estão desguarnecidas. Por elas entram todos os tipos de drogas, todos os tipos de armamento. Só o cidadão comum não tem, por força da lei, nenhuma arma para se defender, ou para defender sua família. Os bandidos sabem que podem entrar, assaltar e intimidar, porque não encontrarão reação. A Polícia, quando aparece, muitas vezes já é tarde, o crime já foi perpetrado e os bandidos estão longe. Resta, para o cidadão, lamentar.

Em recente encontro de moradores de um bairro da cidade, para tratar da segurança, uma vítima de assalto disse, em tom bastante emocionado, que estava pensando em vender sua casa e procurar um lugar mais seguro, um condomínio fechado, com muros altos e policiamento armado, em guaritas. Estaria ele, mais seguro nesse tipo de “forte”? Talvez não mais do que outro, em uma casa sem nenhum tipo de segurança, do lado de fora da fortaleza. Todos, absolutamente, estamos no mesmo barco, num País que se afunda em corrupção, em todos os níveis, diante da incompetência dos governos que se repetem fazendo a mesma coisa. Só nos resta pedir clemência a Deus.