22-07-2011
Segundo a polícia Wilson é suspeito da autoria do assassinato de Adriana Sirineu dos Santos.
22-07-201122-07-2011
A prisão do ex-presidiário e usuário de drogas, Wilson Adriano Mendes (36) na manhã de Sábado (16) colocou praticamente um ponto final em um caso de violência contra uma mulher, registrado em Campo Largo, na Sexta-feira (15). Segundo os policiais civis Juscelino Aparecido Bayer e Marcos Antonio Gogola, que foram responsáveis pela prisão, Wilson é suspeito da autoria do assassinato, que teve como vítima Adriana Sirineu dos Santos (30).
O corpo dela foi encontrado no início da noite de Sexta-feira em um matagal, a cerca de 500 metros de sua residência no Jardim Itaqui, às margens da PR-423, com marcas de agressão e esganadura, sendo que no seu pescoço foi encontrado enrolado um dos cadarços de seu tênis. Possivelmente a mulher foi violentada sexualmente. No momento da prisão, Wilson jogava bilhar em um bar da região onde aconteceu o crime, como se nada tivesse ocorrido.
Peças chave
Wilson foi preso cerca de 24 horas depois do crime, graças ao depoimento de duas testemunhas que declararam à polícia ter visto saindo do matagal onde a vítima foi encontrada. O superintendente da Delegacia local, Juscelino Bayer que apurou o caso ao lado do investigador Marcos Antonio Gogola, disse que vários indícios apontam a culpa de Wilson. "Apesar de negar, ele apresenta arranhões na parte superior do corpo. Uma mordida recente foi identificada no braço esquerdo. Além disso, temos depoimentos de outros usuários e moradores de rua que traçam a trajetória dele logo após o crime", contou o policial.
Latrocínio e abuso
Segundo as investigações, Wilson teria matado e possivelmente estuprado Adriana. Na sequência teria roubado R$ 90,00 que ela havia recebido do marido pela manhã para pagar algumas contas. O dinheiro roubado teria sido usado para a compra de drogas que ele teria consumido nas proximidades do local do crime, juntamente com outros usuários. "Eles dizem que Wilson estava com a quantia em dinheiro e os chamou para o consumo. Os relatos apontam que ele estava muito agitado", afirmou Bayer. As testemunhas afirmaram ainda, que Wilson conhecia a vítima e algumas vezes esteve na casa do pai dela, que fica no mesmo bairro, onde se alimentou.
De acordo ainda com Bayer, quando a polícia e a Imprensa chegaram ao bairro na Sexta-feira, Wilson teria largado o carrinho usado para transportar o material reciclável e fugiu para se esconder.
Material biológico do acusado foi colhido para confronto com o que foi coletado da vítima. Para a polícia ele pode estar envolvido em outros casos. "Agora vamos atrás de outros casos que ele possa ter relação. Outra mulher já havia sido vítima de abuso na mesma região. As pessoas que o reconhecerem através das fotografias divulgadas pela Imprensa devem procurar o quanto antes a DP local para prestar depoimento e fazer assim com que Wilson permaneça preso", finalizou o superintendente.
Wilson foi autuado por latrocínio (roubo seguido de morte) pela delegada Gisele Mara Durigan e encontra-se presa a disposição da Justiça. Ele pode responder ainda pelo crime de estupro, caso o laudo do Instituto de Criminalística, que deve ficar pronto dentro de 30 dias, confirme que Adriana foi violentada sexualmente.
Na tarde de Quarta-feira (20), Wilson foi transferido para o Centro de Triagem II, em Piraquara.
Mulher morreu a caminho de um novo emprego
O caso que chocou moradores da região do Itaqui teve início na manhã de Sexta-feira, quando Adriana Sirineu dos Santos (30) saiu de sua casa na rua Lucio Antonio Humbelino, Jardim Itaqui, para fazer um exame admissional e preparar os documentos para o ingresso num novo emprego. O sonho dela era ter um rendimento maior e ter uma vida melhor ao lado do marido e de seus dois filhos.
Ao passar pelo carreiro que liga o bairro onde ela morava e o Itaqui, ela acabou sendo atacada e morta com requintes de crueldade. O marido dela, Valdecir de Oliveira Leite (25) chegou em casa por volta da 17 horas e como a esposa não estava ali, ele ligou para a empresa onde a mulher tinha ido e foi informado que ela não havia comparecido naquele local. O homem passou a procurá-la na companhia do irmão de Adriana. O corpo foi encontrado pelos dois cerca de duas horas mais tarde em um matagal ao lado do carreiro, que costumeiramente era usado por ela e pelos demais moradores da região.
Adriana era mãe de um filho de 12 anos e outro de um ano. O seu sepultamento aconteceu na manhã de Sábado (16), no Cemitério Santo Ângelo, Bom Jesus.