Quando o ano tem no seu calendário as eleições, não há como fugir do assunto, mesmo que ele já tenha passado pela nossa cidade e, de certa maneira, solucionado, com o resultado das urnas divulgado na mesma data do primeiro turno. Neste domingo, 27, nossos vizinhos curitibanos vão às urnas para, em uma "segunda etapa" decidirem quem irá sentar na cadeira do executivo municipal e ocupar o cargo de prefeito por mais quatro anos. O pupilo do atual prefeito Rafael Greca, e também a aposta do governador Ratinho Junior, Eduardo Pimentel (PSD) está à frente das pesquisas eleitorais, se comparado à Cristina Graeml, sua concorrente. Quando se trata de eleições na capital de um estado, todas as cidades acabam sendo impactadas de alguma forma, pois acaba auxiliando e até mesmo ditando o ritmo das demais cidades do estado e principalmente da região
Nesta semana o fato dos prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba terem se unido em um ato de repúdio às declarações da candidata à Prefeitura de Curitiba, mostra uma reação legítima em torno de preservar a integração da capital com os municípios vizinhos, promovendo um desenvolvimento regional forte, desde os fatores econômicos e estruturais, até no que diz respeito ao bem-estar de mais de 3,6 milhões de habitantes que vivem nesta região, uma das maiores e mais importantes regiões metropolitanas do País.
Assim como Curitiba, enquanto capital, tem a sua relevância nos mais variados sentidos, especialmente em levar muita mão-de-obra para trabalhos que vão dos mais simples aos mais complexos, fazendo com que seja fortalecida a sua economia e geração de emprego, as cidades da região metropolitana cada dia mais mostram sua força e seus potenciais. Campo Largo, por exemplo, recebe inúmeras pessoas diariamente para consultas médicas em centros médicos de referência, como o Hospital do Rocio e o Hospital Infantil Waldemar Monastier, assim como também acontece com o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, beneficiando uma população que ultrapassa as suas fronteiras e que é sempre bem recebida ao chegar aqui.
A saúde é somente um dos princípios a serem analisados, mas há tantos outros benefícios mútuos, como transporte público, educação, turismo, entre outros, que todos ganham quando se segue o princípio da intermunicipalidade e o desenvolvimento conjunto de todas as cidades. É importante ter em mente que não há espaço para competição, mas sim para a colaboração entre as cidades, tornando mais tênue os seus limites, fazendo assim um caminho mais suave para a construção de soluções que beneficiem a todos, sem fragmentar, o que pode levar ao caos e à desintegração de serviços essenciais.
É importante sim que a voz dos prefeitos quanto à união das cidades para construir a integração, pois essa também é a voz que representa parte da população que se encaminha diretamente até a capital para trabalhar, estudar e muitas vezes consumir lá. Que utiliza serviços públicos de lá, mas que de certa forma vivencia a cidade e muitas vezes, por ventura, até vota lá. Assim, defender a integração da RMC com Curitiba é, acima de tudo, defender o bem-estar de milhões de paranaenses.
