Nestes últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma crescente carga tributária, que em 2024 atingiu 34,24% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo considerado o maior patamar da série histórica . Apesar de comparável à média da OCDE, esse índice não reflete um retorno proporcional em serviços públicos de qualidade ofertado pelo Governo Federal. Ao contrário, a população continua a enfrentar deficiências em áreas essenciais como saúde, educação e segurança, se desdobrando para conseguir manter o mínimo para sobreviver e, em algumas regiões, plano de saúde, segurança privada e escola particular para ter acesso ao que já seria garantido por direito e com qualidade.
O sistema tributário brasileiro é caracterizado por pesar desde as cadeias de produção - que gastam muito para fazer o produto - até o consumidor final, que também paga muito para consumir e até mesmo para destinar adequadamente o lixo gerado. Gasta-se muito para empregar, para trabalhar, para consumir, para viver no Brasil de maneira geral. É um peso que está se tornando cada vez mais insustentável. Esse retorno precário dos impostos pagos pelos cidadãos reflete uma gestão ineficiente e uma falta de priorização nas áreas que mais impactam a população. Em vez de buscar incessantemente novas formas de arrecadação, o foco durante uma crise como essa pela qual estamos passando deveria ser em cortar gastos desnecessários e otimizar os recursos existentes.
É fundamental que o governo federal adote uma postura mais responsável em relação às finanças públicas - o que é totalmente contrário a gastar R$ 35 mil em uma diária de hotel na França. Quando pensamos em responsabilidade nos gastos públicos, devemos incluir a implementação de políticas de austeridade, a eliminação de desperdícios e a priorização de investimentos em áreas essenciais. Somente assim será possível aliviar o peso da carga tributária sobre os brasileiros e promover um desenvolvimento econômico sustentável.
A sociedade brasileira não pode continuar sendo sobrecarregada por impostos elevados sem um retorno adequado. É hora de exigir uma reforma fiscal que, além de simplificar o sistema, promova justiça tributária e eficiência na aplicação dos recursos públicos. Estamos chegando em um momento limite, onde se faz necessário que quem está no comando do país reavalie as prioridades, corte gastos desnecessários e busque uma gestão fiscal que beneficie verdadeiramente a população. Isso também parte da população, que deve exigir que os governantes tenham ações concretas que visem à redução da carga tributária e à melhoria na gestão dos recursos públicos. A mudança começa com a conscientização e a participação ativa de cada cidadão. Temos mais um ano e meio pela frente e já não é possível esperar mais.
Opinião
Um peso insustentável
