20/01/2012
O retorno da criança que recebeu veneno de rato (chumbinho), ao Hospital Infantil, foi esclarecido pela Prefeitura Municipal de Campo Largo, em Nota Oficial, cujo teor é o seguinte:
Nota Oficial
A Prefeitura do Município de Campo Largo informa que, na tarde da última terça-feira (17), recebeu a informação oficial do Hospital Regional Infantil (HRI) Waldemar Monastier de que a criança que sofreu o incidente no dia 28 de novembro de 2011 no Centro Médico Hospitalar, será submetida à cirurgia devido à obstrução na laringe ocasionada pela entubação traqueal realizada em seu tratamento clínico. Segundo o Diretor Técnico do HRI, Leonardo Cavadas Soares, tal morbidade ocorre em pacientes que precisam receber este tratamento. O estado de saúde da criança mantém-se estável.
Caso
No dia 28 de novembro de 2011 a família da criança procurou atendimento no Centro Médico Hospitalar (CMH) de Campo Largo devido à ingestão de naftalina. O médico plantonista atendeu e solicitou orientações do Centro de Informações Toxicológicas (CIT), o qual orientou o procedimento de lavagem gástrica e a administração de carvão ativado. Após 40 minutos da realização do procedimento a criança apresentou outros sintomas, o que preocupou a equipe técnica do local. O atendimento emergencial foi instituído e, após estabilização, a criança foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Infantil Waldemar Monastier.
Diante do ocorrido o diretor técnico da Secretaria Municipal de Saúde foi acionado e ao analisar a amostra verificou a presença de microgranulos com características da substância aldicarbe, conhecida como ‘’chumbinho’’. A Vigilância em Saúde do Município foi imediatamente acionada, a qual apreendeu o produto e encaminhou à Vigilância Estadual para análise laboratorial. O laudo foi concluído no dia 15 de dezembro confirmando a presença de aldicarbe. Não é possível mensurar o volume ministrado.
A criança permaneceu internada, tendo alta no dia 06 de dezembro. Durante este período foram realizados exames neurológicos e pulmonares que comprovaram a inexistência de sequelas no momento da alta. Desde o incidente, a Secretaria Municipal de Saúde acompanha o caso para averiguar a evolução clínica do paciente, totalizando 12 visitas até o momento, incluindo domiciliares e hospitalares. O apoio e as orientações são fornecidas pela Vigilância em Saúde do município. A Secretária Municipal de Saúde, Chrystiane Chemim, em visita à criança, disponibilizou seu contato pessoal aos pais para qualquer eventualidade.
Investigação
Uma sindicância (processo administrativo interno) foi aberta no dia 15 de dezembro para investigar o caso e apurar os fatos. No dia 09 de janeiro, a Prefeitura protocolou uma cópia do processo junto ao Ministério Público para apuração de possível crime.