Governo não paga e obras de duas escolas continuam paradas - a Casemiro Karmann, no Rivabem, e o CEEP - Centro Estadual de Educação Profissional, nas Populares Velha.
03/02/2016
Por Luis Augusto Cabral
Duas escolas que já deveriam estar funcionando em Campo Largo - a Casemiro Karmann, no Rivabem, e o CEEP - Centro Estadual de Educação Profissional, nas Populares Velha - continuam com obras paralisadas. Os governos (Estadual e Federal) não pagam e a construtora não tem como concluir as obras. A burocracia e a falta de entendimento entre os gestores e o Tribunal de Contas do Estado prejudicam a população, que fica sem as escolas.
As obras da Escola Casemiro Karman já estão praticamente concluídas. Em contato com a Construtora Machado Valente Engenharia, a Reportagem da Folha foi informada que falta apenas mais um mês de serviço para a conclusão de 100% das obras, mas a empresa não pode fazer nada. “Tenho que manter vigia 24 horas, pagar as contas de água e luz, para que não haja vandalismo e mais prejuízos, por minha conta”, disse o diretor da empresa, Jairo Machado.
Descaso
A construção do CEEP, iniciada em abril de 2014, deveria ser entregue em fevereiro de 2015, mas por conta do desentendimento entre a Secretaria de Estado da Educação, Ministério da Educação e Tribunal de Contas, também está paralisada há quase um ano. “No CEEP, já temos mais de 50% das obras concluídas, mas também não podemos trabalhar. Tive que vender uma propriedade da família para fazer frente às despesas com demissão de cerca de 50 funcionários, no ano passado, porque não recebo pelo que já foi feito. E ainda tenho que manter vigilância, pagar água e luz, a um custo aproximado de R$ 6 mil por mês, em cada obra”, explicou o empresário.
Jairo disse que sua empresa só não fechou porque possui outras obras particulares, em todo o Estado, mas se dependesse das obras para o Governo teria que fechar. “Tenho duas escolas construídas no Boqueirão e Campo Comprido, que também não recebo. Do Boqueirão o Governo deve cerca de R$ 1 milhão e do Campo Comprido R$ 500mil, e mais uma obra em Ibiporã, que está com o mesmo problema”, explicou.
Na Secretaria Municipal de Educação, o secretário Avanir Mastey informou que o Município, que entrou com os terrenos como contrapartida, só tem a lamentar. “Nós acompanhamos a situação, solicitando uma solução para o Governo, porque nossas crianças e jovens precisam das escolas”, disse o secretário, adiantando que não pode fazer muito mais do que cobrar.
Ele disse que está agendando uma audiência com a secretária de Estado da Educação, juntamente com o deputado Alexandre Guimarães, para cobrar uma solução urgente, para a conclusão das obras das duas escolas. “Estas obras paradas significam prejuízo para Campo Largo”, adiantou.