Domingo às 11 de Maio de 2025 às 10:21:16
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Colégio Clotário Portugal se destaca em projeto para ser enviado à Nasa

Com o 4º lugar a nível Brasil e único colégio do Paraná entre os dez melhores projetos, o Co­légio Clotário Portugal foi elogiado na análise de projeto para ser enviado à Nasa.

Colégio Clotário Portugal se destaca em projeto para ser enviado à Nasa

Uma experiência de grande aprendizado, de valo­rização e de ver na prática que é possível ir além. O Colégio Clotário Portugal recebeu, nesta ter­ça-feira (27), uma notícia que traz muita esperança e de certeza que estão no caminho certo. Conquistaram o quar­to lugar a nível nacional na avaliação realizada pelo projeto Garatéa – Uma Missão Lunar, o qual seleciona os três me­lhores projetos para serem enviados à Nasa.

“Batemos na trave de ter um projeto nosso enviado à Nasa. De repente um projeto nosso ser testado na Estação Internacional. A gente achou um feito incrível, uma vez que elogiaram muito, ressaltando que ficaram discutindo muito se mandavam ou não pela qualidade de escrita do projeto”, declara a professora de Física, Eliana Lopes, orientadora da pesquisa. A equipe foi formada por Eliana, pelos alunos Luiz Gustavo de Oliveira Nascimento, Nathalia Marina de Lara, Ana Caroline Zeribeto, Diogo Felipe Merchiori, Thiago Augusto Nogueira de Andrade e teve colaboração da pro­fessora de Biologia, Beatriz Zanetti, e de Ciências, Joelma Custódio.

Para a instituição, professores e alunos, o resultado é um incentivo à pesquisa. Eliana comenta que é muito positi­vo aos alunos porque conseguem ver na prática o potencial que eles têm, que é possível ousarem e ir além, como tam­bém valoriza e fomenta o trabalho da escola. Declara que a escola pública passa por um momento muito difícil, de ser desvalorizada, professores que são vistos com maus olhos e como vilões na educação, e que trabalhos como esse mo­tivam e mostram o que pode ser feito. “A escola pública, desde que com as pessoas certas, pode contribuir muito com a sociedade”, ressalta, enfatizando que os estudantes têm muita força de vontade e a escola pública se diferencia por dar liberdade aos alunos de pesquisar e propor projetos inovadores pautados na multidisciplinaridade.

Entre os projetos da Garatéa está fomentar a iniciação científica nas escolas. Nesse em que participaram, eram elaborados projetos que pudessem ser testados na esta­ção espacial internacional, devido à condição de microgra­vidade. As escolas tinham que querer pesquisar algo na ausência de gravidade e cada instituição participou de nove semanas de preparo com materiais enviados por eles para chegar a um projeto de pesquisa. O projeto deles era enten­der a reação da apitoxina (veneneo da abelha) sem a pre­sença de gravidade – imponderabilidade - e também como seria o inchaço causado. Iriam mandar amostra coletada das abelhas no próprio laboratório e um inseto que seria exposto à droga da abelha e depois mandado para a Es­tação e outra amostra ficaria para estabelecer uma com­paração entre as duas. O inchaço na pele cresce até certo ponto devido à ação da gravidade e queriam analisar qual seria a reação.

O projeto também foi válido porque os estudantes pas­saram a entender o passo a passo de um método científi­co – problema, hipótese, método de pesquisa, avaliação de dados, direcionamento. Os três melhores projetos do Brasil serão enviados à Nasa, que escolherá um para ser enviado à Estação e para ser testado pelos astronautas.

O Colégio Clotário Portugal foi a única instituição do Paraná a ficar entre os dez melhores projetos. A iniciativa partiu de um aluno e aceita pela professora e escola. Ini­cialmente foram formadas cinco equipes, mas podia per­manecer apenas uma. Essa foi a primeira participação e já consideram que no próximo ano estarão melhor prepara­dos. Para Eliana, a Ciência precisa ser mais valorizada no país e o objetivo é fomentar isso.