Domingo às 11 de Maio de 2025 às 10:01:59
Geral

Independente da quantidade ingerida de bebida alcoólica, nessa situação passe longe da direção

Com a chegada do fim de ano, tornam-se mais frequentes as festas e o consumo de bebidas alcoólicas, mas, independente da quantia ingerida, deve-se ficar longe da direção

Independente da quantidade ingerida de bebida alcoólica, nessa situação passe longe da direção

Fim de ano, festas até tarde da noite, confraterniza­ção e bebidas alcoólicas. Algo que não combina em nada com a direção. Por mais que os motoristas campo-larguenses sejam conscientes, é sempre importante reafirmar a atenção na direção, que acabam envolvendo tam­bém o sono e remédios pesados.

A Folha de Campo Largo conversou com o Capitão Al­ves, comandante da 3ª Cia. do 17º Batalhão da Polícia Militar do Paraná, que contou um pouco sobre o perfil do motoris­ta de Campo Largo. “Nós temos algumas operações que fa­zemos eventualmente, sem datas definidas, as operações de Lei Seca, que conflita a flagrar condutores dirigindo sob influ­ência de álcool ou quaisquer outras substâncias que possam trazer alterações no motorista. Quando não temos essas ope­rações, todas as viaturas que circulam pelo município, sejam de policiamento regular, tático, supletivo, Rocam, Rotam, todo esse efetivo está habilitado a abordagem de trânsito e proce­dimento que envolve a embriaguez. Nossas estatísticas e bo­letins de ocorrência mostram que o condutor campo-larguense não costuma dirigir embriagado. Aqui, o condutor embriagado é alcoólatra, aqueles que são dependentes mesmo da bebida.”

Ele diz ainda que, no organismo, o álcool diminui a ca­pacidade de concentração, o tônus muscular, retarda os sen­tidos, diminui a tenacidade e a capacidade de reação a um perigo iminente. O Capitão explica que a embriaguez ao vo­lante está tipificada no artigo 306, do Código Brasileiro de Trânsito. Além disso, a multa é multiplicada por dez, chegan­do próximo de três mil reais.

“Nós oferecemos o bafômetro ao condutor, mas como ninguém é obrigado a fazer provas contra si mesmo, então o cidadão pode se negar a fazer o teste. Caso ele se negue, nós fazemos o laudo de constatação, em que verificamos se aquela pessoa está embriagada, podemos encaminhar ele até o Centro Médico Hospitalar, onde um profissional de saú­de poderá fazer a avaliação e emite um laudo dizendo que ele apresentava sinais de embriaguez e por meio desse lau­do nós podemos aplicar todas essas consequências que a lei manda como se ele tivesse feito o teste. Alguns sinais in­dicam que o motorista está sob influência de substâncias, como olhos vermelhos, falta de equilíbrio, agressividade, fala alterada, é fácil verificar”, explica.

O motorista é encaminhado até a Delegacia, junto com o resultado do bafômetro – com resultado de mais de seis de­cigramas de álcool por litro de sangue – ou com o laudo de constatação, para ser autuado em flagrante de delito. Qual­quer pessoa que perceba que há um motorista embriagado deve acionar o 190 e passar a região que presenciou a cena, bem como as características e placa do veículo para que a Polícia Militar possa localizar aquele motorista.

“Não há como a pessoa se autoavaliar, porque cada pes­soa tem uma capacidade. Tem pessoas que tomam bebidas em grande quantidade e não demonstram sinais claros de em­briaguez, enquanto outras tomam pouca coisa e já mostram sintomas bem claros de que está sob influência do álcool. O ideal é, caso consuma qualquer quantidade de bebida alcoóli­ca, não dirija, em hipótese alguma. Eleja um motorista da roda­da ou chame táxi, Uber, vá de ônibus, mas não coloque a sua vida ou a vida de outras pessoas em perigo”, alerta.

Posição que salva

Após o acidente que chocou os campo-larguenses, no último domingo (25) e terminou na morte de dois jovens, um dos sobreviventes contou à Folha de Campo Largo que se lembrou da posição que o comissário de voo Erwin Tumiri adotou durante a queda do avião há dois anos que vitimou 71 pessoas, entre eles vários jogadores, comissão técnica da Chapecoense e jornalistas que viajavam para cobertura da final da Sul-Americana em 2016. O jovem ficou na posi­ção fetal e saiu com poucas escoriações.

Essa posição é muito adotada no meio da aviação e con­siste em colocar a cabeça entre os joelhos e abraçar as per­nas, porém, no meio automobilístico há outras formas de tornar o acidente com menos impacto.

A primeira recomendação dada pelo Capitão Alves é que o número de passageiros seja compatível ao número de cin­tos de segurança disponíveis. Mesmo crianças devem ser sempre transportadas nas cadeirinhas ou assentos de eleva­ção compatíveis com o tamanho dela e nunca no colo. Deve­-se evitar ainda que objetos fiquem soltos dentro do veículo, pois com o impacto da batida podem atingir os passageiros e causar ferimentos moderados a graves.

Por mais que seja um mecanismo automático de defesa, é importante que no momento da batida não seja colocadas as mãos sobre o painel do veículo. Abaixar a cabeça, cobrin­do-a com os braços pode ser um movimento arriscado, pois o cinto de segurança pode ficar frouxo e não conseguir se­gurar o peso, além do mais, dessa forma em carros com sis­tema de air bag, a pessoa pode ficar gravemente ferida com o impacto.