“Como fazer slime” foi uma das maiores buscas no Google em 2018. Mas essa forte tendência entre crianças e adolescentes exige alerta dos pais. Ana Julia Silva de Carvalho ensina a fazer slime sem bórax.
“Como fazer slime” foi uma das maiores buscas no Google em 2018, chegando a quase oito milhões de publicações. Traduzido, slime significa algo pegajoso, viscoso e trata-se de uma massinha de modelar com diferentes texturas e receitas para fazer em casa. Mas essa forte tendência entre crianças e adolescentes exige alerta dos pais.
No final de maio, a Anvisa divulgou uma nota sobre a substância bórax, também conhecida como borato de sódio, a qual vem sendo utilizada e vendida de forma inadequada como ativador de slime, mas informa que tal uso não é regulamentado pela Agência e pode ser prejudicial para a saúde, especialmente de crianças. Segundo a Anvisa, “o bórax é um produto químico autorizado para diversas finalidades, como em fertilizantes, produtos de limpeza e até mesmo em medicamentos. Entretanto, se inalado ou ingerido, pode causar intoxicação. O uso inadequado do bórax pode provocar náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração azul/esverdeada, cianose (pele, unhas e lábios azulados ou acinzentados) e queda de pressão, perda da consciência e choque cardiovascular”.
Uma brincadeira com muitos estímulos
A Folha conversou com a Ana Júlia Silva de Carvalho, de 10 anos, que está por dentro dessa brincadeira das crianças e inclusive faz seu próprio slime em casa. Já orientada pela mãe, Sabrina, Ana Júlia ensinou como é possível fazer slime sem usar bórax e conseguir o mesmo resultado, além de falar sobre alguns tipos que existem.
Questionada sobre o porquê das crianças gostarem tanto de slime, Ana Julia diz que “é uma amoeba mil vezes melhor, estica mais e é melhor de mexer”. Apesar de parecer uma simples brincadeira, fazer slime estimula a imaginação e criatividade, também a paciência, concentração, raciocínio, além de desenvolvimento motor e cognitivo, entre outros. É, ainda, uma oportunidade de uma atividade em família, levando em consideração que é sempre importante a presença de um adulto.
No começo, ela chegou a fazer dez slimes em um dia, incluindo para amigas, hoje faz uns dois na semana para brincar, já que com o tempo começa a ficar duro ou embolorar e é preciso jogar fora. Ela confessa que gosta até mais de fazer o slime, do que brincar, pois sempre é possível fazer algum de um jeito diferente, com texturas variadas e é preciso ir colocando os ingredientes aos poucos para acertar o ponto. São inúmeras possibilidades de fazer e a cada vez novas ideias vão surgindo.
