A obra Acaé Azul foi entregue ao governador da Província de Tucumán Dr. Juan Luis Manzur, em visita ao Palácio Iguaçu, em Curitiba
Um dia que ficará registrado na história da Arte campo-larguense. Na última terça-feira (08), o governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu no Palácio Iguaçu, em Curitiba, a Juan Luis Manzur, político argentino governador da Província de Tucumán e médico cirurgião, para discutir o projeto do corredor bioceânico, unindo os Oceanos Atlântico ao Pacífico, fomentando o polo logístico da América Latina. Ao final da reunião, o governador presenteou a autoridade argentina com a obra Acaé Azul, do campo-larguense Toto Lopes.
“Minha obra hoje faz parte do Acervo Artístico do Palácio Iguaçu do Estado do Paraná, estando ao lado de grandes obras de artistas e mestres paranaenses como Poty Lazzarotto, Alfredo Andersen e outros, e agora Toto Lopes. São 100 exemplares da mesma para presentear presidentes e demais autoridades através do Acervo do Cerimonial do Estado do Paraná. São 40 anos de vida e 28 de anos de arte. Nada foi fácil e não é até hoje”, declara Toto à Folha.
O artista detalhou ainda que a obra foi elaborada ainda no início do ano, começo da pandemia, levando cerca de um mês para ficar pronta e que chegou a ser estudada por alunos da rede pública de ensino.
Inspiração
Toto aproveitou para comentar um pouco da inspiração que o levou a construir a obra apresentada. “A obra Acaé foi uma obra que considerei muito a preservação do ambiente que temos no Estado do Paraná. Comecei então a fazer uma coleção de pontos que o Paraná tem de mais rico. Como a nossa Araucária está em fase de extinção – o Governo está fazendo campanhas de pantio de milhares de mudas para a recuperação da mata – resgatei o aspecto da valorização, a gralha azul – Acaé em tupi é gralha, a escolha da palavra remete à cultura indígena do nosso estado –, o folclore paranaense – por meio das lendas –, a semente – que remete a vida e a população – e o trabalho com a coloração, valorizando o verde da mata, o amarelo dos minerais, o rosa do empoderamento da mulher paranaense. Esses vários aspectos estão apresentados na obra Acaé Azul”, ressalta.
Oportunidade e agradecimentos
O artista comenta que o Cerimonial do Palácio Iguaçu viu a obra e gostou bastante, surgindo assim o convite para ter os direitos da obra. “Eles me procuraram e pediram os direitos da obra para poder presentear as autoridades com a obra. É a tradução da cultura paranaense e é um reconhecimento do meu trabalho. Estou muito feliz, traz muita coisa boa, não só para mim, mas também para a cidade de Campo Largo e de Balsa Nova, a qual eu tenho como amiga. É uma honraria de tal tamanho, que eu como artista vendo a minha obra ser entregue, me faz me sentir nobre, e ao mesmo tempo sinto que a minha missão está sendo cumprida”, enfatiza.
“Gratidão a Deus, a todos que conhecem e acompanham a minha história de vida, que contribuíram com a minha Arte, ao governador Ratinho Junior e a minha família”, finaliza.