Campo Largo é hoje uma das cidades da RMC que mais usa bicicletas; não integração entre linhas municipais e intermunicipais é uma das justificativas
A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) lançou no mês de setembro uma campanha para fomentar o uso das bicicletas nas cidades e principalmente utilizá-las como transporte complementar. Ao chegarem em Campo Largo, os organizadores da campanha notaram que a cidade se destaca no uso das bicicletas, principalmente pelo grande uso do bicicletário no Terminal Urbano de Campo Largo.
“No mês de setembro comemoramos o Mês da Bicicleta e por isso resolvemos lançar esta campanha. O objetivo dela é incentivar o uso da bicicleta de modo geral, mas quando falamos em Comec não podemos deixar de falar do Transporte Coletivo e da importância da bicicleta como um transporte complementar ao ônibus. Em Campo Largo vemos que a população adotou estes dois modais de forma muito presente”, se pronuncia a Comec.
Questionada sobre as observações feitas na cidade, a Comec aponta que Campo Largo se destaca entre os municípios que mais utilizam a bicicleta. “Nós percebemos isso com a utilização dos bicicletários disponíveis no Terminal, inclusive estudando a ampliação do mesmo. Isso ocorre pois não há uma integração tarifária entre os sistemas urbano e metropolitano, e para economizar uma tarifa, o usuário acaba utilizando a bicicleta, mas nós vemos isso como algo muito positivo pois realmente demonstra que a bicicleta pode ser um modal complementar”, justifica.
Esse uso mais frequente das bicicletas não é um fato recente na cidade, mas é observado desde 2019 pela coordenação. Quando a Comec realizou um levantamento entre os terminais metropolitanos para um projeto de ampliação e implementação de bicicletários nos terminais, foi possível verificar este comportamento. Campo Largo é um dos terminais que já possui bicicletário, mas que a Comec enfatiza que precisaria receber a ampliação para atender à demanda, projeto no qual já está sendo trabalhado, declara à Folha.
“O uso da bicicleta é uma quebra de paradigmas. É sair do conforto. É pensar de forma sustentável e coletiva, e por isso muitas pessoas podem ser resistentes a isso. Mas independente de aderir a bicicleta ou não, é necessário garantir ferramentas, infraestrutura e incentivos ao seu uso. Sabemos que os benefícios da bicicleta são imensos não só para o cidadão, mas para a cidade como um todo. Falamos de menos congestionamentos, menos poluição, mais economia, enfim. Por isso, incentivar este modal é fundamental e nós da Comec esperamos que cada vez mais as pessoas criem esta consciência e passem a utilizar a bicicleta seja no seu deslocamento diário, no deslocamento complementar ou mesmo nos finais de semana”, finaliza a Comec.