Muito antes da pandemia, quem escolhia a profissão professor precisava se reinventar diariamente para conseguir conduzir turmas de alunos com perfis tão diferentes
Nesta sexta-feira (15) é comemorado o Dia do Professor, data estabelecida em 1963, pelo então presidente João Goulart e que homenageia este profissional. Os professores desempenham um papel crucial na formação do conhecimento científico, desde os primeiros anos de vida, até a fase adulta.
Em Campo Largo, atualmente na rede municipal de ensino há 1008 professores exercendo a profissão nos Centros de Educação Infantil e Escolas Municipais de Ensino Fundamental – Anos Iniciais. “O professor enfrenta diariamente a necessidade de se reinventar em sala de aula, pois precisamos abordar uma proposta de maneira que todos compreendam, além de precisarmos lidar com situações particulares dos alunos que também interferem na Educação, como questões emocionais, por exemplo. Temos a questão da inclusão, que é um grande marco de conquista para a sociedade e trabalhar com a diversidade em sala de aula é sempre desafiador. Vai muito além da pandemia, eu acredito. Ela veio para intensificar a necessidade de buscar constante conhecimento”, diz Adriane Carneiro Ferreira, diretora Pedagógica da Secretaria Municipal da Educação.
“Durante a pandemia os professores foram qualificados, por meio de palestras, encontros online, assessoramento individual em situações necessárias. O professor sabe que hoje estar em constante formação é essencial para garantir, não somente o sucesso em sua profissão, mas principalmente para oferecer um ensino-aprendizagem de qualidade para seus alunos”, reforça a secretária de Educação, Dorotea Stocco.
Até este mês de outubro, as escolas municipais funcionam de maneira híbrida, alternando as turmas de alunos cujas famílias optaram pelo retorno e também no atendimento remoto. Somente as turmas de Infantil 3, dos CMEIs, estão frequentando as aulas diariamente por conta da necessidade do atendimento diferenciado a esses estudantes, bem como prepará-los de certa forma para o ano de 2022, quando frequentarão a primeira turma em escolas municipais.
“Os professores hoje desempenham um papel neste momento onde ficaram no centro de cena, promovendo equilíbrio e intermediação, para que a criança consiga se tornar a protagonista do processo de aprendizagem. Esse foi nosso maior objetivo e motivação para o trabalho durante esse período tão intenso e atípico que atravessamos e ainda temos que administrar por causa da pandemia”, diz.
Professores e famílias
“Esse é o formato de trabalho ideal, onde a família apoia o trabalho realizado na escola. Porém, nesses praticamente dois anos, houve uma participação com mais afinco, pois os pais ou responsáveis pelos estudantes precisaram ‘dar aulas’, ‘ensinar’ o conteúdo, mesmo sem ter uma preparação para desempenhar tal função. Hoje podemos perceber que as famílias têm uma compreensão maior do trabalho desenvolvido em sala de aula, pela escola e principalmente pelo professor”, diz Benadeth Cequinel, diretora de Educação da SME.
Ambas as profissionais, que além de estarem hoje à frente da Secretaria, também já tiveram experiência em sala de aula, reforçam que é extremamente necessário que as famílias determinem rotinas de estudos para as crianças, além de um local apropriado para fazê-lo. Fica claro que dentro de sala de aula os professores trabalham com uma metodologia adequada para a turma. Por tanto, é importante que as famílias adotem uma metodologia em casa também, para que os conteúdos sejam melhores trabalhados com os alunos.
Atualmente a SME está trabalhando em uma pesquisa para avaliar os estudantes, para estabelecer um currículo com foco em objetivos específicos, planos de atendimentos e principalmente em superar a defasagem deixada pela pandemia e resultado da necessidade de fechamento das escolas pela questão de saúde pública.
A equipe aproveita para parabenizar todos os professores, de todos os níveis de conhecimento e instituições, pelo trabalho e dedicação ao desempenhar um trabalho tão importante para a sociedade.