29-10-2010

Após várias investigações e alguns transtornos, em função de trocas na Delegacia de Campo Largo, policiais civis Juscelino Aparecido Bayer e Marcos Antonio Gogola sob coordenação da delegada Gisele Mara Durigan, conseguiram elucidar na sexta-feira (22), a morte da vendedora Alessandra Seguro (22). Os policiais prenderam através de Mandado de Prisão Preventiva Marcos Antonio Batista (29). Na segunda-feira (25) foi realizada uma acareação entre o suspeito e a principal testemunha do crime.
    Desde quando começaram a investigar o crime ocorrido em 09 de maio, quando Alessandra desapareceu Marcos, que é arrendatário de uma olaria da família Seguro, era apontado pelos policiais como um dos suspeitos do crime. Em seu depoimento na Delegacia de Campo Largo, Marcos salientou que tinha um caso extra conjugal com Alessandra, mas negou veemente ser a pessoa que teria sequestrado ela de sua casa no Rodeio Santo Antonio, Balsa Nova. Outras pessoas que também seriam suspeitas e alguns familiares da vítima foram ouvidos.
    No dia 09 de junho, Alessandra foi encontrada morta a cerca de 800 metros de sua casa em um matagal, ao ser atingida com golpes de pedra na cabeça. Parte do seu corpo, principalmente a cabeça estava em decomposição. O caso foi acompanhado de perto pelo então delegado Maurílio Alves e por policiais militares do Destacamento de Balsa Nova. Como os policiais Bayer e Gogola haviam sido transferidos para Almirante Tamandaré todo o trabalho de investigação em torno deste caso ficou literalmente engavetado a partir daquele momento, pois nenhuma ação havia sido tomada desde aquela época.
     Com a volta dos investigadores para Campo Largo, no mês de setembro, que vieram acompanhados da delegada Gisele, o assassinato voltou a ser investigado e uma testemunha chave, moradora da região onde o crime aconteceu foi novamente ouvido na delegacia.     "Esta pessoa cujo nome está sendo guardado em sigilo nos disse que viu Marcos sair com Alessandra, não num Fiat Uno de cor escura como tinha dito anteriormente, mas sim em uma Variant tomando o rumo do matagal e mais tarde retornou sozinho. A partir daí a testemunha passou a ser ameaçada por Marcos, que disse que se ela (a testemunha) contasse algo a polícia morreria, bem como seus familiares. Sobre a causa da morte de Alessandra, pudemos apurar que ela vinha ameaçando revelar o caso amoroso a mulher de Batista, que acabou cometendo a besteira de reagir violentamente", disse o policial Juscelino Bayer.
    Diante das declarações desta testemunha de que Marcos era o principal suspeito de ser o autor do crime, a delegada solicitou junto ao Ministério Público, Mandado de Prisão Preventiva do rapaz, o qual foi cumprido na sexta-feira (22). Ao falar a reportagem da Folha de Campo Largo, Marcos nega qualquer participação no crime, dizendo que no dia do desaparecimento de Alessandra estava na casa da mãe dele, comemorando o Dia das mães. Por outro lado ele afirma que tinha um caso fora do seu casamento com Alessandra. Marcos não tem passagens pela polícia e encontra-se preso a disposição da Justiça.