22-11-2010
Pais e professores dos alunos da Escola Estadual Divina Pastora, em Campo Magro, região metropolitana de Curitiba, estão abismados com a audácia de um golpista que lesou pelo menos 200 famílias nesta comunidade. O falsário se apresentou no início do mês de novembro na escola propondo um curso de admissão para carreira militar nas Forças Armadas do Brasil. Os alunos da 8ª série seriam submetidos a uma prova e após a inscrição, mediante a uma taxa de R$ 40,00, teriam direito a iniciar o curso que prepararia para os exames de admissão do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica e então cursar o Ensino Médio e seguir carreira militar. Tudo não passou de um golpe, que só foi descoberto quando o falsário já havia fugido com o dinheiro das famílias.
"Ele chegou aqui e solicitou um espaço da escola para realizar uma prova com os alunos. Eu disse que não tinha, então ele conseguiu um local numa escola próxima. De início não desconfiamos, pois sempre abrimos as portas para quem oferece curso aos alunos. Ainda mais porque, após a realização da prova, ele disse que queria conversar com os pais dos alunos e fechar o curso diretamente com eles", disse a Irmã Celina, diretora da escola.
CNPJ falso
No dia 12 de novembro a prova inicial no foi realizada e no dia 13, o ministrador do curso estaria esperando os pais na escola para conversar e fazer as inscrições. Duas salas foram disponibilizadas. "Meu marido levou os documentos pedidos e pagou a taxa. Em troca recebeu um contrato em nome da EPAM (Escola Preparatória para Admissão Militar), dizendo que as aulas durariam doze meses, uma vez por semana das 12h às 16h. Mas a nossa surpresa foi descobrir que o CNPJ do contrato era falso, foi ai que descobrimos o golpe", disse Anelize, mãe de aluno que foi lesada pelo golpista. As famílias e a escola entraram em contato com a polícia e com a Secretaria Estadual de Educação para que emitisse um alerta a todas as escolas do Paraná. A assessoria de comunicação do Exército foi procurada para falar sobre o caso, mas até o fechamento desta reportagem não havia respondido. A Polícia Civil deve investigar o caso.
Fonte: Banda B