16-12-2010
Um imbróglio ocorrido em 2008 envolvendo dois funcionários do Instituto Médico Legal de Curitiba (IML) finalmente teve um desfecho na tarde de ontem (15). Dois funcionários foram acusados de cobrarem R$ 600 para liberar o corpo de uma mulher que morreu em casa, porém, a justiça não confirmou os fatos.
Na ocasião do incidente, os servidores Paulo Marcos Tissot e Marcos José Camargo chegaram a ser presos sob a acusação de cobrança de propina. De acordo com a denúncia feita pela família a Secretaria de Segurança Pública em março de 2008, os motoristas exigiram a quantia para transportar o corpo da mulher direto para a funerária, sem a necessidade de passar pelos processos burocráticos, geralmente demorados. Ainda de acordo com as denúncias, até mesmo o atestado de óbito, que precisa ser assinado por médicos, estaria incluído no valor cobrado.
Depois de 13 dias presos no Centro de Triagem II, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (RMC), os acusados foram colocados em liberdade e conseguiram voltar ao trabalho por meio de uma decisão judicial. Durante o período de espera da sentença, um dos acusados, Marcos José Camargo, morreu em decorrência de um acidente de trânsito.
Com o acompanhamento de dois advogados, Tissot conseguiu provar sua inocência e comentou a decisão em reportagem á rádio Banda B. "Ficamos presos mesmo com a família da mulher dizendo que as denúncias não eram verdadeiras. Com essa decisão estou com a alma lavada, nenhum dinheiro do mundo vai pagar pelos danos causados", afirmou. Tissot disse ainda, que foi vítima de uma "ditadura" instaurada no órgão e citou nomes de pessoas que, segundo ele, queriam prejudicá-lo.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não se manifestou sobre a decisão da Justiça ou sobre as declarações do funcionário.
Fonte: Banda B