20/01/2012
As boas notícias estão chegando, junto com os primeiros dias de 2012. Algumas, como a chegada de novas unidades industriais, ainda não podem ser anunciadas, porque dependem de protocolos, de autorizações superiores, etc... mas outras podem. Uma delas foi divulgada nesta Quinta-feira. A Porcelanas Schmidt anunciou, oficialmente, que está “desligando” a unidade de Mauá, em São Paulo, onde era decorada toda a louça produzida em Campo Largo, e transferindo esse trabalho para a nossa Schmidt, no Itaqui.
A notícia não poderia ter sido melhor para Campo Largo, é como se uma nova grande indústria de porcelana anunciasse se instalar aqui, com um megainvestimento da ordem de cinco milhões de reais para aquisição de moderno maquinário de envernizamento e em melhorias constantes na fábrica e, principalmente, no forno, um dos maiores do mundo. Além de investir grande soma de recursos na nova fábrica, a empresa anuncia também a criação de novos postos de trabalho para os campo-larguenses. Já são cerca de 200 pessoas, recentemente contratadas para as novas funções e a previsão é de que mais 50 sejam selecionadas nos próximos meses.
A empresa passou por um período de dificuldades, em 2009/2010, quando parecia que tudo acabaria. Dívidas consideradas impagáveis, na época, greves de funcionários por falta de pagamento dos salários e uma administração caótica, quase levaram a empresa à falência. Desde Setembro de 2010, entretanto, após um novo pacto de acionistas, a administração da Schmidt passou às mãos do executivo Nelson Lara. Enfrentando todas as adversidades, mas com os pés no chão, a empresa venceu os desafios, “voltou” ao mercado e, hoje, já apresenta lucros em seu balanço, coisa que não acontecia há mais de uma década. Há, portanto, muito o que se comemorar, com a notícia do retorno da Decoração, de Mauá para Campo Largo, até porque nossos decoradores, historicamente, são os melhores do mundo. Campo Largo, certamente, vai voltar a “formar” nova geração de decoradores, com o retorno da Decoração da Schmidt.
A história da Porcelanas Schmnidt se confunde com a história da indústria de Campo Largo. Há mais de 60 anos, gerações de campo-larguenses viveram o dia-a-dia da empresa, criaram e formaram seus filhos, em cursos superiores, graças ao salários do trabalho na Schmidt. Muita gente ainda chama a fábrica do Itaqui, de Steatita, nome dado à antiga Cerâmica Brasileira quando a fábrica foi adquirida pelos catarinenses de Pomerode. Por tudo isso Campo Largo pode, sim, ser a bola da vez.