29-04-2010
Policiais civis prenderam nesta quinta-feira (29), Paulo Roberto de Jesus Ferreira (18), que confessou ter matado o adolescente Guilherme Francisco Poleto.
29-04-2010
O assassinato do adolescente Guilherme Francisco Poleto (17), ocorrido no início da madrugada de 22 de março, no interior da casa onde ele morava com a mãe, na rua Centenário, Vila Bancária, foi solucionado pela Polícia Civil. Na quinta-feira (29), os investigadores, Juscelino Bayer e Marcos Antonio Gogola, sob a coordenação do delegado Haroldo Luiz Vergueiro Davison, prenderam um rapaz suspeito de ter executado Guilherme. Trata-se de Paulo Roberto de Jesus Ferreira (18), o "Zorbinha", que confessou o crime e disse que o motivo seria uma vingança por rixa antiga. Um co-autor do crime, identificado como Cristiano Maekel da Silva (19), também foi pego. Ambos encontram-se recolhidos na Cadeia Pública a disposição da Justiça.
Outros dois homens, que também participaram do crime, Carlos Eduardo Mendes, que já está com Mandado de Prisão Preventiva, decretado pela Justiça e um outro rapaz, identificado apenas como Alexandre, estão sendo procurados.
Confissão
Em depoimento na Delegacia, Paulo mostrou muita frieza e disse não estar arrependido com o que fez. Ele contou que a cerca de três anos teve uma desavença com Guilherme e este o agrediu com uma barra de ferro na cabeça, o que provocou uma cicatriz em sua testa. Desde aquele dia ele guardou magoa de Guilherme e prometeu se vingar. O rapaz disse ainda que na noite anterior ao crime estava bebendo na companhia de Cristiano e Alexandre, quando Carlos apareceu e como ele sabia da desavença, lhe ofereceu um revólver calibre 38, para matar Guilherme, mas que queria ir junto. Os dois disseram a Cristiano e Alexandre que pretendiam fazer um assalto e convenceram os dois a acompanhá-los. Chegando na casa de Guilherme, Carlos entrou na casa pela janela do banheiro e abriu a porta principal, para Paulo e Cristiano entrarem. Alexandre ficou do lado de fora cuidado para ver se alguma pessoa chegava na residência. Neste momento o alarme disparou e a mãe de Guilherme se levantou para desligá-lo. Ela então foi rendida pelo trio e passou a gritar. Como não encontraram Guilherme, nos cômodos da parte de baixo da casa, Paulo e Carlos foram para o andar superior da moradia, onde Guilherme estava. Quando o rapaz abriu a porta do quarto, recebeu os tiros detonados por Paulo. Em seguida os rapazes fugiram, sendo que Paulo teria pego R$ 20,00, que estavam em cima de um armário e seria utilizado para pegar um taxi. Eles jogaram os capuzes que usavam no Rio Cambuí e a arma utilizada no crime ficou em poder de Carlos, de acordo com Paulo.
Já Cristiano, confessou ter entrado na casa, mas não sabia que o objetivo de Paulo era matar Guilherme. Ele pensou que seria apenas um assalto.
Quebra cabeça
De acordo com o que foi repassado pelos investigadores da Delegacia de Campo Largo, desde o dia do crime eles ouviram várias pessoas que tinham alguma ligação com Guilherme e outras que tiveram desavenças com ele. "A elucidação deste crime, que comoveu a sociedade campo-larguense, foi um verdadeiro quebra cabeças para ser montado. Mas felizmente com ajuda da comunidade conseguimos prender dois dos envolvidos", destacou o delegado.
Uma das peças fundamentais para identificar um dos envolvidos no crime, segundo o delegado, foi o trabalho dos peritos papilocopistas, que estiveram no local do crime no dia seguinte e recolheram impressões digitais deixadas no vidro e box do banheiro. "Elas foram minuciosamente averiguadas pelos peritos que contam com um banco de dados. Eles não mediram esforços no trabalho e através disto conseguiram identificar Carlos como um dos envolvidos no crime", destacou o delegado.