João Maria Cardoso (64), foi preso nesta terça-feira (4), pela Polícia Civil por suspeita de pedofilia.
05-05-2010
Após meses de investigação e cerca de 15 casos denunciados, policiais civis, Juscelino Bayer e Marcos Antonio Gogola, prenderam na terça-feira (4), João Maria Cardoso (64). Ele é suspeito de pedofilia em Campo Largo. Segundo investigadores as primeiras denúncias aconteceram em 2009, mas eles tiveram dificuldades de encontrar a residência João Maria porque as crianças não conseguiam se lembrar do local devido a pouca idade. Quinze boletins de ocorrência já haviam sido registrados contra João Maria, que foi indiciado e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. Até a tarde desta quinta-feira (6), ele tinha sido reconhecido por algumas vítimas como autor dos delitos.
No interior do barraco onde João Maria morava, policiais civis encontraram, além de brinquedos, preservativos, revistas pornográficas, doces e balas. Ele negou os abusos e afirmou que as revistas foram levadas para ele pelas crianças. Nenhum caso de estupro foi confirmado, porém as vítimas relataram que eles as acariciava e obrigava a ver fotos pornográficas.
HIV
Mas a situação que mais preocupa a Polícia é que uma mulher ao saber do caso, foi até a Delegacia afirmando ser portadora do vírus da AIDS e disse ter mantido relações sexuais com Joâo Maria. Com a suspeita de o estuprador ser soropositivo, o delegado pediu um exame com urgência tanto para o acusado quanto para as vítimas.
Ação
O delegado Aroldo Luiz Vergueiro Davison, explicou que a ação do pedófilo, era bastante conhecida. Ele atraia as crianças com idade ente 8 e 12 anos até sua casa com doces, sorvetes e com a promessa de dinheiro. Chegando lá ele abusava delas. Segundo ainda o delegado, João Maria não levanta nenhuma suspeita. "Trata-se de uma pessoa humilde e pacata. Nenhum de seus vizinhos disse ter noção das monstruosidades cometidas por ele. Por esse motivo, foi mais difícil chegar até ele", afirmou.
O idoso não tem nenhum registro de passagem pela polícia e foi autuado pelo artigo 217 da lei 12.015/2009, que se refere a estupro a vulnerável. A pena prevista para este crime é de 8 a 15 anos de prisão. "Agora o poder publico vai ser obrigado a ter um cuidado maior com este detento. Não pode ser colocado numa cela comum se não os demais presos farão a ele o mesmo feito as suas vítimas. Possivelmente ficará isolado", disse o delegado.
Orientações
O delegado aproveitou a oportunidade e deu alguns conselhos aos pais, para que orientem melhor seus filhos pequenos. "Não falar com estranhos e não aceitar doces e presentes deve ser ensinado as crianças. Além disso, os pais devem sempre perguntar a onde o filho vai e de onde está vindo. Orientações de direção também são importantes", destacou o delegado Haroldo Davison.