10-06-2010

Desaparecida exatamente a 30 dias de sua casa no quilômetro 7 da PR-510, Rodeio Santo Antonio, Balsa Nova, Alessandra Seguro (22), foi encontrada morta na tarde de quarta-feira (09). O corpo estava em um matagal ao lado de um terreno que já havia sido arado e está pronto para a plantação de batatas e pertence a família Seguro. O local é de difícil acesso e fica a cerca de um quilômetro e meio da casa onde Alessandra morava. O reconhecimento da vítima foi realizado por uma irmã de Alessandra, que acompanhou todo o trabalho dos policiais militares, civis e dos peritos do Instituto de Criminalística.

Policiais militares (soldados Valdinei e Sidionei), do Destacamento de Balsa Nova, foram os primeiros a chegar onde estava o corpo. Eles receberam a informação anônima por telefone de que um homem que estava colhendo pinhão na região tinha localizado o cadáver e tiveram de ir a pé até lá. Ao constatarem a situação e encontrarem o corpo que estava a cerca de 15 metros, para dentro da mata, e verificando algumas características da vítima, como um piercing rosa que ela usava no umbigo e uma tatuagem no tornozelo da perna direita, que já haviam sido repassadas a eles anteriormente, os policiais não tiveram dúvida de que o corpo era de Alessandra.

Mistério
Ao realizarem uma primeira análise no cadáver, os peritos do Instituto de Criminalística, informaram que era difícil dizer naquele momento de que forma Alessandra morreu. Ao lado do corpo foi encontrada uma pedra, que pode ter sido utilizada no crime. O mato ao redor do corpo estava amassado, e os peritos não descartaram a possibilidade de Alessandra ter lutado com o criminoso antes de ser assassinada. "Devido ao estado de decomposição do corpo, principalmente na região da cabeça, e a rigidez cadavérica somente exames complementares no Instituto Médico Legal, apontarão a causa da morte de Alessandra", explicou um dos peritos. Eles também não quiseram precisar a quanto tempo a vítima estava ali.

O delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Campo Largo, não descarta a possibilidade de Alessandra ter sido morta em outro local e "desovada" naquele matagal. Familiares de Alessandra, mostrando-se abalados e revoltados com que aconteceu, esperam que o autor seja preso o mais rápido possível e pague por este bárbaro crime.

Desaparecimento
Desde o dia do desaparecimento de Alessandra, a Polícia Civil vinha trabalhando no caso e algumas pessoas que tiveram algum tipo de relacionamento com ela, foram ouvidas e devem depor novamente a partir de agora. Alessandra saiu de casa, ao que tudo indica involuntariamente, pois deixou alguns eletrodomésticos ligados, documentos e seu aparelho celular. Na época a tia de Alessandra, Luzia Seguro, disse em depoimento à Polícia que uma pessoa moradora na região teria visto um veículo Fiat Uno de cor preta estacionar em frente a casa da sua sobrinha entre as 11 e 11h30 do dia do seu desaparecimento. Cerca de 10 minutos mais tarde o veículo saiu do local e esta pessoa não conseguiu notar se Alessandra estava no interior do carro, pois os vidros eram insulfilmados.