Futuro da empresa na cidade está sendo estudado pelo grupo
A Grifols anunciou na Espanha que não produzirá mais bolsas para coleta de sangue em Murcia, cidade da Espanha, como também no Brasil. A Folha entrou em contato com a empresa, que por meio da assessoria informou que “alinhada à estratégia de crescimento de longo prazo da empresa, focada no fortalecimento de linhas de negócios essenciais, viáveis e estratégicas, a Grifols pretende descontinuar o negócio de bolsas para coleta de sangue das fábricas de Murcia e Brasil. A Grifols está explorando alternativas para o futuro de sua fábrica em Campo Largo.”
Em matéria publicada no jornal espanhol El País, cita demissão de 165 funcionários em Murcia. A Folha questionou sobre a situação na cidade, mas a assessoria da Grifols apenas disse que neste momento a empresa “estuda opções para sua unidade de Campo Largo, voltada exclusivamente para a produção de bolsas de sangue”. Ainda informaram que a Grifols segue comprometida com o mercado brasileiro, onde vende uma ampla gama de produtos e serviços. A Grifols, a nível mundial, tem quatro divisões – Biociência, Diagnóstico, Hospital e Suprimentos Biológicos – desenvolvem, produzem e comercializam soluções e serviços inovadores em mais de 100 países.
Havia uma grande promessa para a empresa na cidade, tendo sido anunciada uma capacidade de produção de mais de dez milhões de bolsas para coleta de sangue por ano. A empresa é líder global na produção de medicamentos derivados do plasma e soluções para transfusão. Na Espanha, a empresa informou os representantes sindicais sobre o fechamento deste negócio em sua fábrica de Murcia. “A direcção da empresa na fábrica de Murcia informou aos representantes dos trabalhadores que tentou vender esta actividade, mas dada a falta de ofertas optou por liquidar a produção destinada a este negócio em Murcia e despedir os trabalhadores. Este negócio é muito pouco lucrativo para a empresa de hemoderivados e representa apenas uma parte da divisão hospitalar (que por sua vez representa 2% do volume de negócios do grupo)”, informou a matéria do El País. A saída dos trabalhadora naquele país deve acontecer até 22 de dezembro.
A unidade em Campo Largo possui 5.500m2 para atender a América Latina. Cerca de 80% de sua estrutura até então estava voltada à produção. A primeira bolsa produzida na empresa foi em setembro de 2019. Seu funcionamento também é para distribuição, com importação dos produtos.