Quarta-feira às 07 de Maio de 2025 às 09:29:42
Policial

Bombom supostamente envenenado

22-10-2010

Menino é internado após comer bombom supostamente envenenado.

Bombom supostamente envenenado

22-10-2010

Um caso suspeito de envenenamento dentro do Colégio Integração, no Jardim Guarani, assustou pais, professores e policiais em Campo Largo, na segunda-feira (18). Um menino de 10 anos passou mal e precisou ser hospitalizado com um quadro de intoxicação, após comer um bombom durante o intervalo das aulas.
    O sargento Jacumasso, do BPEC - Batalhão de Polícia Especial Comunitária esteve no local e recolheu dentro de uma lixeira uma embalagem e restos do chocolate que foi levado à Delegacia de Polícia Civil. O material foi encaminhado para o Instituto de Criminalística para ser periciado. Numa análise preliminar ficou constatada a presença de uma substância conhecida como carbamato, agente químico usado em chumbinhos e venenos para ratos. Uma amostra de sangue do garoto foi coletada e também foi encaminhada para análise.
    Na quinta-feira (21), o garoto recebeu alta hospitalar e esteve na Delegacia de Campo Largo, juntamente com a mãe, a vendedora Michele Leite Irmandade, onde a mulher conversou com os policiais civis Juscelino Bayer e Marcos Gogola, que cuidam do caso e em seguida prestou depoimento. Ela contou que não tem ideia de como o bombom foi parar na mochila do seu filho.     Michele explicou também que há algum tempo atrás teria espalhado veneno para ratos em um cômodo da casa, mas descartou a possibilidade do filho ter pego o veneno por engano.
    Escola
    A reportagem da Folha de Campo Largo procurou durante a semana a diretora da Escola Integração Comunitária, Cláudia Regina Franqueto. Ela explicou que o caso aconteceu logo após o garoto, que é aluno da 3ª série, voltar do recreio a sala de aula. Ele começou a passar mal ao ter tontura, vomitar e ficar com o batimento cardíaco acelerado. A professora dele, Janete Rosa Zageski, procurou a direção da escola comunicando o que estava ocorrendo. "Ao constatar a situação imediatamente acionamos o Samu, que esteve no local e depois de realizar os primeiros procedimentos médicos encaminhou o aluno ao Centro Médico Hospitalar", disse a diretora. Em seguida o garoto, devido ao seu estado de saúde, foi transferido ao Hospital Evangélico.
    Sobre a procedência do chocolate, Cláudia disse que ficou sabendo posteriormente que o mesmo encontrava-se na mochila do aluno. Esta situação foi confirmada por um outro aluno, que acompanhava a vítima e que teria se recusado a comer um outro doce.     Cláudia destacou que no interior e na entrada da escola é proibida a venda de qualquer tipo de alimento.    "Sempre incentivamos os nossos alunos a consumirem a merenda escolar, que é mandada pela Prefeitura", explicou a diretora. Ela frisou ainda que funcionários acompanharam o garoto durante o atendimento médico e outros tiveram de ficar cuidando do irmão da vítima, pois este não podia ir para casa sozinho.
    A diretora afirmou que o menino é um bom aluno e que não teria problemas com os colegas. Ela espera que o laudo do Instituto de Criminalística e as investigações por parte da Polícia venham a ajudar a elucidar o caso o mais rápido possível. 
    Investigações
    Policiais da Delegacia de Polícia Civil disseram que já tem algumas linhas de investigação para esclarecer o caso. O superintendente da delegacia, Juscelino Aparecido Bayer, informou que espera o resultado do laudo junto ao Instituto de Criminalística, mas para ele o grande mistério a ser desvendado é saber quem colocou o doce na mala do aluno.