02-10-2010

Uma grande confusão aconteceu em frente a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), na manhã deste sábado (02). Cerca de 50 familiares de presos se aglomeram em frente à unidade porque foram impedidos de entrar para a visita semanal pelos agentes penitenciários de plantão. Segundo parentes, a proibição seria em protesto contra a morte de um agente penitenciário ontem (1°) em Campo Largo.

O agente penitenciário Adilson José Cossuoziski, que trabalhava na PEP há quatro anos, foi assassinado quando ia para o serviço a pé, quando foi abordado por um veículo prata. Do interior do automóvel foi disparado apenas um tiro que acertou a cabeça de Adilson, que não resistiu e faleceu antes da chegada do Siate. Os agentes reclamam que não têm porte de arma, o que prejudica a própria segurança deles.
Um clima de insatisfação toma conta dos presos que ocupam as celas e aguardam a entrada das famílias. Lá de dentro, vêm informações de que os detentos ameaçam fazer uma rebelião. As visitas, que foram suspensas, aconteceriam das 9 horas ao meio-dia. A PEP reúne cerca de 900 presos.

A mãe de um dos presos, que não será identificada, ligou para uma emissora de rádio de Curitiba para protestar. "É um absurdo isso. Eles não podem impedir a nossa entrada por causa da morte de uma gente que a polícia nem sabe se tem relação com os presos. E se iam suspender as visitas, por que não avisaram a gente antes? Isso é um desrespeito", afirmou. "Já tem gente falando que o clima lá dentro está horrível e que os presos vão fazer uma rebelião se não permitirem que a gente entre", disse a irmã de um dos detentos.

Fonte - Rádio Banda B